Vacinação contra Covid-19: Sesa recomendou municípios a não aplicarem estoque de segunda dose como primeira

29 de abril de 2021 - 12:59 # # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa

Apesar do Ministério da Saúde ter orientado, no dia 16 de março de 2021, a “utilização total das doses distribuídas como D1”, a Sesa recomendou que NÃO fosse adotado esse procedimento, visto que, uma vez utilizado, o quantitativo equivalente poderia não ser reposto posteriormente, comprometendo o intervalo preconizado entre as doses.

Além disso, no que se refere ao intervalo máximo recomendado para cada vacina, o MS orienta que sejam evitados atrasos. No entanto, caso ocorra, o esquema vacinal deverá ser completado com a administração da segunda dose o mais rápido possível.

Diante dos entraves identificados, o Estado do Ceará vem avaliando alternativas a fim de sanar os obstáculos que impactam diretamente no ritmo e rumo da vacinação, tais como: planejamento de aquisição de vacinas para incorporar nas ações de vacinação contra a Covid-19; solicitação de reajuste das metas ao MS e remanejamento de doses entre os grupos prioritários quando houver viabilidade.

Campanha de Vacinação

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio do Ministério da Saúde, é responsável pelo planejamento das aquisições das vacinas contra a Covid-19 aos estados do Brasil. A Campanha Nacional para a Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 iniciou no dia 18 de janeiro de 2021 e, até o momento, o Ceará recebeu 1.667.800 doses do laboratório da Sinovac/Butantan e 570.450 doses do laboratório AstraZeneca/Fiocruz, totalizando 2.238.250 insumos. Destes, foram distribuídas 2.208.829 doses – 1.313.982 (D1) e 894.847 (D2).

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O Estado realiza a distribuição da vacina aos 184 municípios conforme os envios dos lotes pelo MS, de acordo com os cronogramas de entrega estabelecidos pelos laboratórios produtores. Diante dos envios em quantidades reduzidas, faz-se necessário o fracionamento das distribuições, visto que o esquema de vacinação corresponde a duas doses (D1 e D2), ocasionando em escassez de vacinas para avançar nas fases de forma homogênea.

Considerando o envio de doses correspondentes a 100% da meta estimada pelo MS em determinados grupos prioritários, o Ceará reconhece que as metas são subestimadas, ou seja, não correspondem com a realidade dos municípios. Assim, um quantitativo de pessoas ainda está pendente para a vacinação, o que já foi sinalizado ao Ministério por ofício.

Soma-se a isto o fato de alguns municípios utilizarem doses enviadas para D2 como D1, não seguindo a recomendação quanto à reserva das doses para completar o esquema de imunização.