Método Canguru: mães e bebês são acompanhados mesmo após alta no HRN

9 de fevereiro de 2021 - 09:08 # # # #

Assessoria de Comunicação do HRN
Texto e fotos:
Teresa Fernandes

Os gêmeos Jake e Jheson nasceram com 32 semanas de gestação e, por causa da prematuridade, precisaram passar 14 dias na Neonatologia do HRN

Eficaz no tratamento de bebês recém-nascidos prematuros com baixo peso, o Método Canguru auxilia na amamentação, na melhora nutricional da criança e no favorecimento do vínculo entre mãe e filho. No Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), o acompanhamento do método começa ainda durante a gestação ou, para bebês não nascidos no hospital, logo após a internação.

A Neonatologia do HRN conta com as unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), de cuidado intermediário convencional (UCINCo) e de cuidado intermediário neonatal canguru (UCINCa). Quando o bebê tem condições clínicas de ir para casa, é dada a alta com retorno já agendado para avaliação. O acompanhamento intensivo passa a ser feito pelo ambulatório. No ano passado, 333 bebês foram atendidos na Unidade Canguru do HRN, onde há dez leitos.

Os gêmeos Jake e Jheson nasceram na maternidade do HRN no dia 9 de janeiro. A mãe dos pequenos, a dona de casa Marcela Araújo Teixeira, de 20 anos, teve uma gestação de alto risco em virtude de pressão alta, diabetes e da gravidez gemelar. As crianças nasceram com 32 semanas de gestação e, por causa da prematuridade, precisaram passar 14 dias na Neonatologia da unidade.

No HRN, acompanhamento do método começa ainda durante a gestação ou, para bebês não nascidos no hospital, logo após a internação

Após a alta hospitalar, no dia 22 de janeiro, as crianças continuaram a ser acompanhadas pelo ambulatório na terceira fase do Método Canguru. “Para nós, é muito importante esse acompanhamento porque ainda estamos aprendendo como cuidar dos nossos gêmeos prematuros”, afirma Marcela. “Acompanha o bebê por completo”, completa o pai dos gêmeos, o auxiliar administrativo Fábio da Silva Rodrigues, de 31 anos.

Lorena Kelle Ferreira, enfermeira da UCINCa, é uma das profissionais que fazem esse acompanhamento dos bebês pós-alta. “Nós continuamos acompanhando após a alta todos os bebês com menos de 2,5 kg”, diz. Na consulta de enfermagem, são identificadas as rotinas da criança, como amamentação, sono, atualização de vacinas e exames pendentes. Os bebês também são pesados e medidos.

A coordenadora de enfermagem da Neonatologia do HRN, Maria Cristiane Soares de Lemos, ressalta que o cuidado pós-alta evita reinternações. “Avaliamos se está adequado o desenvolvimento da criança já em casa”.

Método Canguru

A primeira etapa do Método Canguru tem início durante a gestação de alto risco ou nas unidades de cuidados intensivos neonatais. O objetivo é apresentar às mães as condições do bebê prematuro, além de favorecer o vínculo e o contato pele a pele entre mãe e filho. A equipe, de maneira humanizada, integra a mãe ao ambiente hospitalar da UTI.

Em 2020, 333 bebês foram atendidos na Unidade Canguru do HRN

A chegada do bebê à Enfermaria Canguru é a segunda etapa. Nesse momento, a mãe aprende os cuidados com o prematuro e também passa a fazer o método Canguru, que fortalece o contato pele a pele entre a mãe e o bebê. A terceira fase ocorre após a alta do pequeno. A criança já sai com o retorno agendado para avaliação até atingir o peso mínimo de 2,5 kg.