Orientação especializada ajuda mulheres a esclarecer mitos e verdade da amamentação
19 de agosto de 2020 - 15:11 #aleitamento #amamentação #Doe Leite Materno #saúde do bebê
Assessoria de Comunicação do HGF
Repórter: Márcia Ximenes
Artes gráficas: Jeorge Farias
Buscar orientação foi fundamental para que Milena Pontes, 37, esclarecesse dúvidas e superasse os desafios da amamentação. Durante a primeira gestação, a administradora conseguiu amamentar a primogênita Lara, 3, por um ano. Há um mês, ela deu à luz o caçula Kauê e procurou ajuda novamente. Dessa vez, no Banco de Leite Humano do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado.
A mãe conta que recorreu ao serviço após o filho perder muito peso nos primeiros cinco dias de vida e ouvir que o leite dela era fraco.“Sempre tem alguém para falar que seu leite é pouco ou fraco e isso é mito. Eu confiei na orientação das profissionais do Banco de Leite. Toda mãe tem capacidade de amamentar o seu filho. Por isso, não desisti”, alertou. A administradora recorda que, desde a primeira experiência com a amamentação, já escutava muitos mitos e, por isso, decidiu se informar com profissionais especializados.
Dúvida recorrente entre as mães que procuram o Banco de Leite do HGF, a suposta baixa quantidade e a má qualidade do leite são, também, os principais mitos que envolve a amamentação. “A gente sempre orienta que a mãe observe a fralda do bebê e veja se há bastante xixi. Se tiver, é porque o bebê está conseguindo mamar corretamente”. A dica é da enfermeira Eveline Costa, que chega a atender até dez ligações por dia de mães com os mais diversos questionamos.
A coordenadora da Comissão de Aleitamento Materno e enfermeira do Banco de Leite Humano do HGF, Ana Márcia Bustamente, lista outros mitos que envolvem a amamentação. “Muitas mães acham que devem determinar o horário que o bebê mama, amamentando apenas a cada duas ou três horas. Outro mito é que ela deve revezar a mama, trocando o bebê de peito no meio da mamada. Outra ideia bem difundida é a restrição no cardápio da mãe, sem ingestão de alimentos como chocolate, feijão ou frutas cítricas”, pontua.
Ainda de acordo com a enfermeira, a amamentação por livre demanda é a mais adequada. Ela acalma as mães, afirmando que, com o tempo, o próprio bebê vai criando uma rotina e determinando a distância entre uma mamada e outra.
Ana reforça que o leite inicial sugado pelo bebê é rico em anticorpos, mas não possui o índice de gordura suficiente para saciá-lo. Por isso, durante a mamada, a criança deve ser amamentada em uma única mama, não havendo necessidade de alterná-la. Por último, a coordenadora defende que a mãe não precisa ter um cardápio restrito, podendo ingerir todos os tipos de alimento, desde que seja de forma equilibrada e sem excessos.
Hoje, Milena comemora o ganho de peso filho Cauê e conta que também se tornou doadora de leite, tudo graças à orientação da equipe do Banco de Leite Humano do HGF. “A disponibilidade da equipe na orientação por telefone e, depois pessoalmente, me deixou mais tranquila. Toda a atenção e o cuidado me deixaram à vontade para entrar em contato sempre que eu precisasse”, finalizou.
De janeiro a julho deste ano, o Banco de Leite Humano do HGF realizou 1.742 atendimento individuais, por telefone ou em visitas domiciliares. No mesmo período, foram realizados, também, 777 atendimentos em grupo. É possível entrar em contato com o serviço pelo telefone 31013335, de segunda a sexta, das 8h às 16h.
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– Hospital Regional Norte auxilia mulheres a superar desafios da amamentação