Doação domiciliar de leite materno é fundamental para manter estoques no Ceará

6 de julho de 2020 - 10:20 # # #

Assessoria de Comunicação do HGF e HRN
Repórter:
Márcia Ximenes e Tereza Fernandes

Quando ainda estava grávida, Maria Gleise Vasconcelos Matos, 34, soube que poderia ser doadora de leite materno. Ao dar à luz Helena, hoje com cinco meses, a estudante universitária procurou a equipe do Banco de Leite do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral,  da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado. “Doar leite para mim é libertador. É abraçar de longe, de alma”, reflete.

Gleise conta que a equipe do banco de leite foi à sua casa para o preenchimento do questionário, realização de testes de triagem e fornecer orientação sobre como deveria ser a doação. “Sempre quando amamento minha filha, como mãe, penso em todas as mães que têm seus bebês prematuros e não podem amamentá-los. E me reconforta saber que eu posso ajudar. Pretendo doar o máximo que puder”, ressalta.

Para a nutricionista e coordenadora do Banco de Leite do HRN, Samara de Andrade, a doação é um ato de solidariedade, que pode ser colocado em prática por todas as mulheres saudáveis em processo de amamentação. “ Mesmo ficando em casa, as doadoras transformam vidas, porque o leite materno doado no domicílio vai ajudar a salvar bebês que estão internados em estado grave. Elas estão sendo heroínas em tempo de pandemia”, destaca.

Durante a pandemia, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), também da rede estadual, buscou alternativas para manter a captação de doadoras, como a realização de teleconsultas com as mães que tiveram filhos na unidade. Para isso, o banco de leite do Hospital mantém, diariamente, os contatos atualizados das mães que estiveram no alojamento conjunto do HGF.

A enfermeira da assistência do Banco de Leite do HGF, Ana Márcia Bustamante, reforça a importância das teleconsultas nesTe momento. “Como não estamos podendo receber essas mães aqui no nosso espaço físico por conta da pandemia, a teleconsulta é essencial. Nossa equipe da assistência liga tanto para prestar orientações sobre como fazer uma boa amamentação, quanto para incentivar que essas mães sejam doadoras”, frisa.

Além do leite materno, a doação de frascos para armazenar o produto é fundamental para os bancos da rede estadual. A enfermeira do Banco de Leite do HGF lembra que qualquer pessoa pode doar os recipientes e explica como deve ser o frasco para doação. “O frasco deve ser de vidro e com a tampa plástica rosqueável, como os de café solúvel. O ideal é que eles tenham o tamanho pequeno ou médio. Aqui no HGF, a pessoa que quiser doar frasco pode ligar, que nós vamos buscar em casa”, ressalta.

Para doar leite materno ou doar frascos, entre em contato com os bancos de leite da rede estadual:

Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) – 0800.2804169
Hospital Geral de Fortaleza (HGF) – (85) 3101.3335
Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) – (85) 3101.5367
Hospital Regional Norte (HRN) – (88) 3677.9467/ (88) 98883-4079 (whatsapp)

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Gleise conta que a equipe do banco de leite foi à sua casa para o preenchimento do questionário, realização de testes de triagem e fornecer orientação sobre como deveria ser a doação.

Para a nutricionista e coordenadora do Banco de Leite do HRN, Samara de Andrade, a doação é um ato de solidariedade, que pode ser colocado em prática por todas as mulheres saudáveis em processo de amamentação. Além disso, a doação ajuda a manter o estoque de leite no HRN.

Samara Andrade fala sobre as condições para realizar a doação de leite materno.