Conheça as diferenças entre resfriado e gripe e saiba como se prevenir

16 de março de 2020 - 10:11 # # # #

Assessoria de Comunicação do HM
Repórter:
Jéssica Fortes
Arte gráfica: Jeorge Farias

Com a chegada da quadra chuvosa em nosso estado, aumentam os casos de gripes e resfriados. Apesar de serem causadas por vírus e terem sintomas parecidos, as doenças são diferentes. A infectologista do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Tânia Mara Araújo, detalha os sintomas, as formas de transmissão, prevenção e passos simples que ajudam a evitar as doenças que nesta época do ano afetam, principalmente, pacientes com doenças crônicas, idosos, crianças e gestantes.

“Alguns sintomas são comuns e saber identificá-los é importante para buscar o tratamento correto e evitar complicações”, explica a infectologista.

Gripe

A gripe é mais grave do que o resfriado. Causada pelo vírus Influenza, que pode ser de vários tipos, desde os mais comuns até os mais temidos, como Influenza A e B. Neste período de sazonalidade, os subtipos H1N1 e H3N2 merecem atenção especial, pelo risco de complicações, principalmente para pacientes idosos e indivíduos vulneráveis.

Seus principais sintomas são febre alta, dor no corpo, tosse com secreção e dor de garganta. “O paciente com gripe, fica mais indisposto e sente maior necessidade de procurar auxílio médico”, lembra.

Geralmente os sintomas duram sete dias, mas vão diminuindo com o passar do tempo,já que se trata de uma doença auto-limitada. Quando os sintomas se arrastam muito, é bom ficar em sinal de alerta. “Pacientes que evoluem de forma mais arrastada ou com piora do quadro inicial podem ter desenvolvido complicações bacterianas secundárias ao quadro viral inicial, como a sinusite, otite e pneumonia, por exemplo”, lembra Tânia Mara.

A pneumonia também é uma complicação grave e frequente, principalmente em pacientes com doença pulmonar crônica (asma e doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), cardiopatias (insuficiência cardíaca crônica), doença metabólica crônica (diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou
imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias”, detalha a infectologista.

Resfriado

Esta outra infecção respiratória, apresenta sintomas mais amenos, diferencia a infectologista. “É comum coriza, tosse seca, espirros e eventualmente febre baixa. A recuperação também é mais rápida, em geral, não impossibilita o paciente de executar suas atividades, não atrapalha a rotina. Recomendamos repouso e a ingestão de líquidos”, ressalta.

Diagnóstico

O diagnóstico e o tratamento das duas doenças, começam com a avaliação dos sintomas. Nos casos simples, repouso e a ingestão de bastante líquido são suficientes. Em outros casos, o tratamento é baseado nos sintomas, onde o médico receitará analgésicos para o controle das dores e antitérmicos para controle da temperatura, por exemplo.

O paciente pode procurar os Postos de Saúde nos casos mais simples de
gripe e alívio dos sintomas. Em casos suspeitos de gripe com potencial mais grave, é necessário recorrer a exames para confirmar a presença do vírus Influenza, que requer um tratamento mais específico.

“Por isso, é tão importante ficar alerta aos sintomas e procurar um médico se perceber que os sintomas não evoluem com melhora, ou se surgirem outros sintomas como desconforto respiratório e dor torácica.”, lembra Tânia Mara.

O paciente deve procurar as unidades de maior complexidade como as UPAs e hospitais secundários, se sintomas mais graves, como desconforto respiratório, por exemplo, surgirem. O Hospital de Messejana e o Hospital São José, são as unidades terciárias de referência para o tratamento dos casos mais graves das
doenças.

Transmissão e prevenção

Tanto em gripe, quanto em resfriados, a transmissão ocorre quando gotículas de saliva do indivíduo infectado entram em contato com as vias aéreas de outra pessoa, por meio de espirros, tosse, fala, ou através do contato com objetos contaminados.

“Uma forma de evitar a propagação desses vírus, seria evitar a aglomeração em ambientes fechados. Se o paciente já estiver doente, recomendamos que ele fique em casa, não vá para a escola, ou para o trabalho, ao tossir, ele deve cobrir a boca com um lenço de papel descartável, ou com a parte interna do cotovelo”, orienta.

Lavar sempre as mãos com água e sabão, usar álcool gel, evitar tocar as mucosas como a boca, olhos e nariz, não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, copos ou garrafa, higienizar os alimentos antes de comer, também são formas de prevenir doenças.

“Mas, pelo risco de complicações e óbito, a gripe pede uma proteção adequada”, enfatiza a especialista, referindo-se à vacinação. A vacina é gratuita e protege contra duas cepas de Influenza A e uma cepa de Influenza B. “A vacina contra a gripe diminui a situação endêmica dos vírus respiratórios em todo o país”, enfatiza a infectologista Tânia Mara.