UPAs utilizam protocolo específico para atendimento nos casos de dengue

5 de fevereiro de 2020 - 08:57 # # #

Assessoria de Comunicação das UPAs de Fortaleza
Repórter/foto:
André Pinheiro

A medida garante que o paciente com suspeita de dengue seja atendido com mais rapidez, preservando sua integridade
 
Visando garantir um pronto atendimento qualificado aos pacientes que apresentam sintomas característicos da dengue, as Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPAs), em Fortaleza, estão seguindo um protocolo desenvolvido para acelerar a avaliação médica de quem for classificado como suspeito de estar com a doença.

Quem passou por esse atendimento foi Leandro Farias, 15, que, depois de apresentar os sintomas característicos da dengue, foi levado por sua mãe, dona Marta Farias 56, à UPA da Messejana. O adolescente chegou à unidade se queixando de dores nas articulações, febre alta e dor abdominal, onde foi classificado, conforme o protocolo,  com suspeita de dengue.

A agilidade do atendimento foi fundamental no processo de recuperação do adolescente, que já havia sofrido com a doença no passado, segundo a mãe. “Leandro está bem melhor. É muito importante o atendimento rápido para quem está com suspeita de dengue. Talvez se ele não tivesse tido o atendimento tão rápido, ele poderia ter piorado, visto que ele já teve dengue e dessa vez poderia ter sido pior, afinal a dengue mata”, concluiu.

Protocolo

O protocolo da dengue consiste em uma sinalização no prontuário eletrônico, onde o paciente terá prioridade de atendimento dentro da classificação de risco em que ele foi registrado (Protocolo de Manchester). Classificado, o paciente com suspeita de dengue, que esteja no grupo A ou B, já recebe hidratação via oral enquanto aguarda o atendimento médico.

O Ministério da Saúde classifica a gravidade dos casos de dengue em quatro grupos: A, B, C e D. O Coordenador Médico da UPA Messejana, João Paulo Ferreira, destaca o protocolo da dengue adotado na unidade, como uma ferramenta importante para minimizar as complicações causadas pela doença.

“Seguir o fluxo do protocolo da dengue garante um atendimento com mais celeridade aos pacientes com suspeita da doença. Assim, conseguimos diminuir os riscos de agravamento do problema desses pacientes. Além disso, quando o paciente já chega com o caso grave da doença, nós tentamos estabilizá-lo rapidamente e, se for o caso, encaminhá-lo para uma UTI mais completa”, afirmou o médico.

Vale destacar que tudo pode ser evitado com atitudes simples de prevenção, medidas que impeçam o mosquito de se reproduzir. Cada pessoa é responsável e precisa semanalmente fazer vistorias no seu imóvel para evitar focos do mosquito. Com as chuvas, aumenta a formação de criadouros do Aedes aegypti fora e dentro de casa. Baldes, potes, quartinhas, bacias, tambores e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d’água, devem ser limpos e vedados corretamente.

Outro lembrete é evitar que a água de chuva se acumule sobre a laje e calhas. Guardar garrafas sempre de cabeça para baixo, encher até a borda os pratinhos dos vasos de planta e eliminar adequadamente o lixo que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas e copos descartáveis. Por isso, é importante não jogar lixo na rua. Não deixe o mosquito nascer.