Diagnóstico precoce da hanseníase aumenta chances de cura sem sequelas

17 de janeiro de 2020 - 13:49 # # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Repórter:
Suzana A. Mont'Alverne
Arte gráfica: Jeorge Farias

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realizará entre os dias 25 e 30 de janeiro, ações voltadas para a conscientização sobre a hanseníase. “É importante informar a sociedade sobre a doença. Só assim eliminaremos o estigma e preconceito que hanseníase carrega. Além de auxiliar na identificação de novos casos, para que a pessoa possa iniciar tratamento e em tempo oportuno”, fala a assessora técnica do Programa de Hanseníase da Sesa, Gerlania Martins.

Com um histórico de desconhecimento, preconceito e discriminação, a hanseníase é ainda considerada um grave problema de saúde pública. Contagiosa, os sintomas da doença evoluem lentamente. Podem levar anos para apresentar os primeiros sinais e sua evolução depende das características do sistema imunológico da pessoa infectada.

A transmissão da hanseníase acontece de pessoa para pessoa, por vias respiratórias, tosse ou espirro, por exemplo. “Adoece quem tem predisposição e é suscetível. Porém, o contato intradomiciliar aumenta as chances de contágio, por conta do convívio prolongado com quem está com hanseníase e que não iniciou o tratamento”, ressalta Gerlania.

Cuidado

Manchas brancas ou avermelhadas na pele e perda da sensibilidade são os primeiros sintomas da doença. A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS). “Ao perceber os primeiros sinais, deve-se procurar um posto de saúde mais próximo”, reforça Gerlania.

Outro ponto fundamental para evitar a proliferação da doença é que familiares e pessoas próximas a quem foi diagnosticado com hanseníase também busquem uma unidade básica de saúde para avaliação. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar as complicações. “A hanseníase pode causar incapacidades físicas, deformidades se o diagnóstico e o tratamento forem feitos tardiamente ou não realizados”, comenta a assessora técnica.

A doença é ainda hoje acompanhada por um forte estigma social, por ter sido entendida no passado como um castigo divino. As pessoas contaminadas eram excluídas do convívio em sociedade. “Ninguém precisa se afastar, deixar de trabalhar ou ficar perto da família. Iniciado o tratamento, a doença deixa de ser transmissível. Por isso é tão importante o diagnóstico logo no início.”, reforça Gerlania. Em 2019, o Ceará confirmou 1.526 novos casos.

Ações

A abertura das atividades será no dia 25, sábado, com uma campanha de busca ativa de casos novos no Centro de Referência em Dermatologia Dona Libânia (Rua Pedro I, 1033, Centro).  No dia 26, profissionais da saúde e voluntários realizarão ação educativa no Shopping Benfica no período da tarde.

Nos dias 27 e 29, os profissionais de saúde se reunirão na aldeia Munguba-Pacatuba. As salas de espera do Centro de Referência em Dermatologia Dona Libânia e do Hospital Universitário Walter Cantídio terão atividades educativas nos dias 28 e 30.