Para secretário da saúde, planejamento das políticas de saúde precisa incluir as pessoas

26 de novembro de 2019 - 16:12 # # #

Assessoria de Comunicação da ESP
Repórter: Daniel Araújo
Fotos: Deborah Muniz

Uma política de saúde transparente, clara e que esteja voltada para as necessidades dos usuários do sistema de saúde do Estado. Foi partindo dessa reflexão que o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), ministrou a palestra: “Plataforma de Modernização da Saúde”. O gestor esteve presente junto a outros gestores e profissionais da saúde durante a 10ª Plenária Estadual de Conselhos de Saúde. O evento, realizado pelo Conselho Estadual de Saúde do Ceará (Cesau), ocorreu nesta terça-feira, 26, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).

Para o secretário, o modelo de política pública para a implementação de um sistema de saúde ideal precisa considerar diferentes vertentes da vida em sociedade e suas complexidades. Por isso que, na sua visão, essas políticas devem ser voltadas para as pessoas indiscriminadamente. “Esse é um princípio básico para estabelecer uma discussão com bom senso. Porque senão a gente vai para um palco de debate que não interessa a ninguém”.

A busca pelo desenvolvimento de um projeto que considere as diferentes contextos onde essas pessoas se inserem, lembrou Dr. Cabeto, são fundamentais para o estabelecimento de uma ideia de identidade. E a ausência desse componente, afirma o gesto, é o que prejudica qualquer plano de desenvolvimento de uma nação.

O superintendente da ESP/CE, Marcelo Alcantara, reforçou o compromisso da instituição com a pluralidade de debates e opiniões enquanto espaço de estímulo à reflexão e o pensamento crítico. Ele ressaltou os esforços da gestão, e em particular da Sesa, visando o fortalecimento do sistema de inteligência em saúde no estado. “Inteligencia de uma maneira geral para subsidiar as politicas públicas, bem como o debate dentro da sociedade. Isso é muito importante”, enfatizou.

Na Plenária ocorreu a eleição dos quatro representantes do Estado para Coordenação Nacional da Plenária Nacional de Conselhos de Saúde, sendo um conselheiro titular e três suplentes, que terão um mandato de dois anos.

O secretário também pontuou a importância de se discutir os nossos processos de trabalho e suas particularidades a partir de cada região do Brasil. Articular essas realidades, segundo o gestor, é fundamental para a valorização dos profissionais da saúde e consequentemente à qualificação dos serviços ofertados à população cearense. Porque uma das coisas que produz infelicidade é a incapacidade de acumular conhecimentos e habilidades. Isso dá às pessoas uma percepção de fracasso. Tira a perspectiva de futuro”, reflete.

Além do secretário da Saúde do Ceará, a 10ª Plenária Estadual de Conselhos de Saúde contou com exposição sobre as perspectivas e os desafios da seguridade social no Brasil ministrada por Fernando Pires, Coordenador do Observatório de Políticas Públicas da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Plenárias

Com o tema: “Saúde e Seguridade Social: Quais os rumos da Proteção Social no Brasil?, a 10ª Plenária Estadual de Conselhos de Saúde mobilizou os 184 Conselhos Municipais de Saúde (CMS) do Estado. Durante o evento, também deu-se a eleição dos quatro representantes do Estado para Coordenação Nacional da Plenária Nacional de Conselhos de Saúde.

As Plenárias de Conselhos de Saúde foram criadas por deliberação do 1º Congresso Nacional de Conselhos de Saúde, que aconteceu em abril de 1995, em Salvador (BA). Seu objetivo principal é promover a relação dos Conselhos de Saúde com a esfera nacional na perspectiva de fortalecer a participação popular no Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante todos esses anos as Plenárias de Conselho foram construídas e fortalecidas por conselheiros de saúde de todo o País. Em vários momentos, questões conjunturais e estruturais do setor saúde foram articuladas e discutidas nessa instância. Cabe destaque as lutas que ocorreram contra cortes de verbas e por mais recursos para a saúde, pela vinculação orçamentária, por realização de Conferências de Saúde e, acima de tudo, pelo fortalecimento do controle social.