Hábitos saudáveis e consulta médica regular ajudam a prevenir câncer de mama

5 de fevereiro de 2019 - 11:50 # # #

Assessoria de Comunicação do IPC/CIDH/ Lacen - Suzana de Araújo Mont'Alverne

A conscientização sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama precisa ser contínua. A prevenção é a prática de hábitos saudáveis, como dieta equilibrada aliada a exercícios físicos, e a consulta regular com o ginecologista mais exames periódicos. E a mulher que faz mamografia sistematicamente aumenta em 90% as chances de cura da doença. “O tumor detectado na fase inicial aumenta as chances de cura e proporciona um tratamento menos agressivo”, afirma Ana Catarina, ginecologista e diretora clínica do Instituto de Prevenção do Câncer (IPC), do Governo do Ceará.

Há mulheres que temem fazer o exame porque acham que é doloroso, a radiação é prejudicial e a mama é densa para isso. “Todo exame causa um certo desconforto e no caso da mamografia não é diferente. Mas é preciso deixar claro que não causa dor e que a radiação é mínima”, tranquiliza.

Antônia Barbosa de Castro, de 54 anos, já fez o exame três vezes e garante que não dói. “Tudo que é novo assusta. A primeira vez que o médico solicita assusta. Dá medo do porquê ele está solicitando e depois do exame em si. No meu caso, graças a Deus, as duas vezes deu tudo normal e não senti dor alguma”, comenta.

Mensalmente, o IPC disponibiliza 800 vagas para mamografia. Em média, 450 exames são realizados por mês. “O número de mulheres faltantes é enorme. Há muita inverdade acerca do exame”, declara Ana Catarina. Segundo ela, o medo do diagnóstico é outro grande problema. “Algumas mulheres até vencem o medo do exame, mas adiam a busca do resultado. E é preciso reforçar que o diagnóstico precoce aumenta em 90% as chances de cura”, diz.

No IPC, aproximadamente 200 exames não são buscados. “Entramos em contato com todas as mulheres que apresentam alguma alteração e não buscam o resultado”, fala a diretora. Com histórico de câncer na família, Antônia diz ter medo do laudo, mas que prefere saber logo. “Meus pais morreram dessa doença e sei que minhas chances aumentam, por isso sempre faço. Se existir o problema é melhor solucionar logo e sei que a cura é mais forte se o tratamento for feito no início”, diz.

Quem deve fazer mamografia

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres com idade entre 50 e 69 anos,  sem sintomas ou histórico familiar, façam o exame de mamografia a cada dois anos. O câncer de mama apresenta alguns fatores de risco: idade avançada, exposição prolongada aos hormônios femininos, excesso de peso e histórico familiar.

Mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos) também podem correr mais riscos. No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar os fatores de riscos citados.

IPC

O Instituto de Prevenção do Câncer foi o primeiro serviço de prevenção do câncer no Ceará. O acesso das pacientes ocorre através da Central de Regulação, após encaminhamento de um posto de saúde ou hospital. O IPC disponibiliza diariamente 40 mamografias às usuárias. No ano passado, 4.471 exames foram realizados no Instituto.