Banco de Olhos do HGF amplia atendimento

5 de julho de 2018 - 09:20 # # #

Assessoria de Comunicação do HGF - Débora Morais
(85) 3101.7086

O Hospital Geral de Fortaleza (HGF), do Governo do Ceará, é referência no transplante de córnea. Além de assegurar o serviço aos cearenses, por meio do Banco de Olhos, o HGF colabora também com outros estados, disponibilizando os tecidos para a rede nacional de transplantes. Há dois anos, o Ceará tem “fila zero” para transplante de córnea. “Esse incremento é resultado das campanhas e das orientações que as pessoas recebem quanto ao processo de doação”, ressalta Sisley Jean Viana, diretor técnico do Banco de Olhos do HGF.

Neste ano, até o mês de maio, o Banco de Olhos do HGF disponibilizou 80 córneas para 13 estados brasileiros, do total de 166 doações. Nesse mesmo período, no ano passado, de 140 doadas, foram 55 disponibilizadas para outros estados. Ao longo de 2017, foram ofertadas 133 córneas para outras localidades, de 353 córneas recebidas. “A conscientização foi responsável pela atenção integral a quem precisava de córnea no Ceará e nós passamos a disponibilizar córneas para outros estados do Brasil e a ajudar outras pessoas que estejam necessitando”, declara Sisley.

“Fila zero” de córnea é uma meta estabelecida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e indica a situação em que o paciente que precisa de um transplante não necessita esperar pelo tecido porque ele já está disponível para a cirurgia. Quando não há receptores compatíveis ou não há demanda local, um órgão ou tecido captado em determinado estado pode ser ofertado para fora dele.

C.M.B.S, 51 anos, mora em Niterói (RJ), e foi uma transplantada de outro estado que recebeu córnea do Banco de Olhos do HGF. Ela conta que há 25 anos tinha problema de ceratocone, uma doença genética que muda a estrutura da córnea e compromete a visão. Segundo a carioca, mesmo com o tratamento, o uso de lentes especiais, a doença se agravou nos últimos anos.

“Eu já me encontrava em uma situação que até para andar à noite era ruim, eu não enxergava. Foi quando entrei na lista de transplante, e em abril deste ano, quando eu estava no trabalho, recebi uma ligação falando que tinha conseguido uma córnea. Eu fiquei eufórica e muito feliz”, relembra e agradece: “a palavra é gratidão. Eu agradeço a Deus e também a pessoa da família que me doou a córnea. Agora eu me encontro na fase de recuperação e já começo a sentir a diferença.”

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Banco de Olhos

O Banco de Olhos do HGF funciona de acordo com as normas do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, garantindo os padrões técnicos e de qualidade que a complexidade dos procedimentos requer. Todas as córneas recebidas no Banco de Olhos passam por um processo de preparo e preservação em uma solução específica de antibióticos e nutrientes que mantêm os tecidos vivos e aptos para a doação por até 14 dias.

As córneas passam também por exames sorológicos, para descartar possíveis doenças infectocontagiosas, e por uma análise biomicroscópica, onde são avaliados diversos aspectos como boa vitalidade e transparência, sequelas de traumas ou procedimentos cirúrgicos, neoplasias (cânceres), anormalidades congênitas ou adquiridas, cicatrizes, entre outros. Após essa criteriosa avaliação, as córneas são armazenadas em câmaras frias onde ficam submetidas a uma temperatura de 4° C até a data da cirurgia do transplante.

Qualquer pessoa com mais de dois e menos de 70 anos de idade pode ser um doador de córneas. A doação pode ser realizada até seis horas após o óbito, caso o doador não esteja em unidade hospitalar. Em unidades hospitalares, a doação pode ser feita em até 12 horas após o óbito. O Banco de Olhos do HGF funciona 24 horas.

Mais informações: Banco de Olhos do HGF (85) 3101-7088.