Diagnóstico precoce favorece tratamento de cardiopatias congênitas

12 de junho de 2018 - 17:12 # # #

Assessoria de Comunicação do Hospital de Messejana - Jessica Fortes
Fotos: Ascom/HM

Nesta terça-feira, 12 de junho, Dia Nacional da Conscientização da Cardiopatia Congênita, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), do Governo do Ceará, ressalta a importância do diagnóstico precoce da cardiopatia congênita, um tipo de defeito na estrutura do coração, que surge nas primeiras oito semanas da gestação.

Considerada a doença congênita mais comum entre as crianças, a cardiopatia congênita é a terceira maior causa de morte de bebês antes de completar 30 dias, correspondendo a cerca de 10% das causas dos óbitos infantis e 20% a 40% das mortes decorrentes de malformações. A doença pode ser diagnosticada durante o pré-natal ou no período neonatal. “Na grande maioria dos casos, é possível fazer a correção definitiva”, orienta Klébia Castelo Branco, coordenadora da Unidade de Pediatria do HM, em relação ao diagnóstico precoce.

O Hospital de Messejana é referência norte e nordeste em cardiologia pediátrica, atendendo também pacientes de outros estados. Como é o caso da pequena Ariely Vitória, que veio de Paraú, Rio Grande do Norte, e chegou ao Hospital de Messejana, em Fortaleza, com apenas 15 dias de vida. Aos dois meses, ela foi incluída na fila de espera pelo transplante de coração. Ela nasceu com a síndrome do coração esquerdo hipoplásico, quando a maioria das estruturas no lado esquerdo do coração é muito pequena e pouco desenvolvida (hipoplasia) para fornecer o fluxo de sangue suficiente para as necessidades do corpo. Esse tipo de cardiopatia congênita é uma das mais graves e o tratamento cirúrgico convencional, indicado para as outras doenças, não apresentaria resultado. Assim, Ariely foi indicada ao transplante.

O procedimento foi realizado em outubro de 2016. Atualmente, Ariely está com um ano e onze meses de idade e continua sendo acompanhada mensalmente pela equipe multidisciplinar do HM, realizando exames de rotina para atestar a sua recuperação. Acompanhada pela mãe Mirian da Silva Rocha, a menina é só alegria. “Ela é muito ativa, brinca, corre, aprende tudo rápido. Nós vivemos momentos de muita angústia, pois o caso dela era grave e a espera pelo órgão foi difícil. Mas agora, é uma felicidade muito grande vê-la tão bem. Só temos a agradecer a Deus, aos profissionais do hospital pelo diagnóstico precoce e, claro, à família doadora, pois sem o ‘sim’ deles a nossa história poderia não ter um final feliz”, lembra.
A doença

A cardiopatia congênita é uma mal formação estrutural ou funcional no coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação – período característico de formação do coração do bebê – que altera o desenvolvimento embrionário cardíaco.
Diagnóstico precoce

É o fator principal para que a criança cardiopata possa receber o atendimento correto e no tempo necessário. Em casos de cardiopatias sem repercussão clínica (sem sintomas) o diagnóstico tardio tende a não comprometer o tratamento. Porém, em casos graves e/ou fatais, a descoberta ainda intraútero pode salvar a vida dos bebês, pois estes farão o tratamento logo após o nascimento. As principais formas de diagnóstico são: Ultrassom Morfológico; Ecocardiograma Fetal (ECG) e Teste do Coraçãozinho (Oximetria de Pulso). Uma vez identificadas alterações, o pediatra deve encaminhar o paciente ao especialista.