Lacen já realizou mais de 269 mil exames para teste do pezinho em 2018

6 de junho de 2018 - 09:33 # # #

Suzana de Araújo Mont'Alverne - Assessoria de Imprensa do Lacen/ IPC/ CIDH

Apenas algumas gotinhas de sangue do calcanhar podem fazer toda a diferença na vida do bebê. É através do teste do pezinho que o diagnóstico e o curso de doenças congênitas ou infecciosas em seu estágio inicial são identificados. O Dia Nacional do Teste do Pezinho é comemorado nesta quarta-feira, 6 de junho. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), da rede do Governo do Ceará, é responsável pela realização dos exames na rede pública e já fez 269.951 análises de janeiro a maio de 2018. Um total de 44.991 bebês realizaram teste do pezinho no Lacen nos primeiros cinco meses deste ano. Desde o ano passado, o Lacen adotou uma nova metodologia do exame, que agilizou a entrega do laudo para a família.

O teste do pezinho é uma das principais formas de diagnosticar seis doenças que, quanto mais cedo forem identificadas, melhores são as chances de tratamento. Fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase são detectadas através do exame. A análise interfere diretamente no curso da doença, já que permite o início do tratamento precoce, diminuindo assim as sequelas associadas a cada patologia. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico e a taxa de sobrevida. No Lacen são realizadas as fases I, II, III, IV do teste. Em cada bebê são realizadas seis diferentes análises. Atendendo aos 184 municípios do Estado, com 52 unidades de saúde somente em Fortaleza, o laboratório realizou só no ano passado, 742.267 testes em aproximadamente 123.711 crianças triadas.

O teste é feito a partir de gotas de sangue que são colhidas do calcanhar do recém-nascido.“O Ministério da Saúde recomenda que a coleta para o teste seja feita entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê e as amostas devem ser enviadas o quanto antes para o Lacen”, explica Liana Perdigão, diretora do laboratório. A coleta das amostras de sangue dos bebês para o exame é responsabilidade de cada município. “Todas as coletas são feitas nas maternidades ou em unidades de saúde dos municípios”, explica.

O tempo entre a coleta e a realização do teste é de importância vital para dar início ao tratamento dos casos diagnosticados, que deve começar antes dos primeiros 30 dias de vida. Sabendo da importância da celeridade do processo, o Lacen iniciou no ano passado, a descentralização, com uma nova metodologia, o sistema Vega Web Triagem. Antes, a amostra chegava ao laboratório, era cadastrada e só então o exame podia ser realizado. Hoje, com o novo sistema, as unidades, além de realizarem a coleta, fazem também o cadastro no sistema. Isso agiliza o início do procedimento. A mudança permitiu também que o prazo de entrega e o acesso ao laudo diminuíssem pela metade, de dez para cinco dias. O Lacen já realizou treinamento de 11 Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres) do Ceará para uso do novo sistema e pretende estar com todas as unidades capacitadas até o final deste ano.