Boas práticas colaboram para a prevenção e controle da hipertensão arterial

25 de abril de 2018 - 11:22 # # # #

Assessoria de Imprensa do CIDH/Lacen/ IPC - Suzana de Araújo Mont'Alverne / (85) 3101-1488 / suzana.alverne@lacen.ce.gov.br

26 de abril é marcado no calendário da saúde como o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, popularmente conhecida como pressão alta. Referência no atendimento a pacientes hipertensos de alto e muito alto risco, o Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), da rede do Governo do Ceará, aponta para a importância da prevenção e do controle da doença. Ela é caracterizada pela elevação da pressão do sangue nas artérias e aumenta consideravelmente o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Predisposição hereditária, consumo em excesso de bebidas alcoólicas, obesidade, sedentarismo, estresse e alimentação rica em sal são alguns dos fatores de risco para a hipertensão arterial. “Além disso, o uso abusivo de fármacos, como corticoide, vasoconstrictor nasal, anti-inflamatórios e o uso de anticoncepcionais, principalmente nas mulheres obesas”, ressalta Ana Lúcia de Sá Leitão, cardiologista do CIDH. A falta de sintomas é comum nos casos de hipertensão arterial, mas sinais como dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido e visão turva podem ser sinais do problema. “A hipertensão arterial normalmente não dá sintoma, a não ser que suba muito rapidamente e para valores muito elevados. Nesse caso, o paciente apresenta um quadro intitulado de ‘crise hipertensiva’ e apresenta sintomas como dor de cabeça, náuseas, vômito e tontura”, explica a cardiologista do CIDH.

Uma pessoa é considerada hipertensa quando os níveis de pressão arterial estão acima de 14 por 9 (≥ 140 e/ou 90mmhg). “Entretanto, para se evitar a hipertensão do jaleco branco, ou seja, o aumento da pressão arterial somente quando o paciente está na presença do médico, para se fazer o diagnóstico de hipertensão deve-se ter, pelo menos, duas medidas de 14 por 9, em ocasiões diferentes”, explica a cardiologista. Ir regularmente ao médico é fundamental para a prevenção e controle da pressão alta. “Aferir a pressão uma vez ao ano é o indicado para aqueles que não apresentam os fatores de risco, já nos hipertensos a fiscalização deve ser feita pelo menos três vezes ao ano, de quatro em quatro meses, por exemplo”, reforça a cardiologista.

Os graves efeitos da doença podem ser evitados. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, apenas 23% dos hipertensos controlam corretamente a doença. Outros 36% não fazem controle algum e 41% dos pacientes abandonam o tratamento. “É importante que o paciente tenha conhecimento sobre a sua condição. Uma vez controlada ele poderá viver muito bem e com excelente qualidade de vida. Isso só é possível com o autocuidado, que inclui não abandonar o tratamento médico, manter uma dieta saudável e praticar exercícios”, explica Ana Lúcia. A Sociedade Brasileira de Hipertensão reforça ainda que a doença é responsável por 40% dos infartos, 80% dos casos de AVC e 25% do quadro de insuficiência renal terminal.

Bons hábitos
Além do acompanhamento médico regular, a mudança no estilo de vida é fundamental. Alimentação saudável e exercício físico são imprescindíveis. “Essa mudança precisa ser acompanhada por profissionais da saúde. A prática da atividade física deve ser iniciada após checkup e liberação do médico”, explica Ana Lúcia. Diminuição da gordura corporal; redução do colesterol e dos triglicerídeos; diminuição dos níveis de açúcar no sangue, prevenindo ou controlando assim o diabetes; melhora do sono e combate do estresse são alguns dos benefícios da atividade física.

“Descascar mais e desembalar menos”, é a orientação da nutricionista do CIDH, Marília Holanda. A profissional dá algumas dicas básicas: a dieta deve ser rica em fibras, legumes, verduras e frutas e a redução de sal é imprescindível. Além disso, ela lembra que alimentos industrializados possuem alto teor de sódio e devem ser evitados, assim como os temperos prontos. Os refrigerantes, que além do excesso de açúcar possuem muito sal, também não devem ser consumidos frequentemente. É importante lembrar que a dieta também deve ser orientada por um profissional da saúde.