Pacientes do HSM recebem atendimento em casa

12 de março de 2018 - 10:36 # # # #

Assessoria de Comunicação do Hospital de Saúde Mental - Milena Fernandes / (85) 3101-4350 Fotos: Assessoria de Comunicação do HSM

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Pacientes diagnosticados com transtornos mentais e que já foram internados diversas vezes no Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSM), do Governo do Ceará, contam com apoio interdisciplinar sem precisar sair de casa. É o Programa de Atendimento Domiciliar (PAD) que teve início em 2013, inspirado no serviço Home Care. Atualmente são atendidos cerca de 40 pacientes.

A equipe é formada por médico psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, assistente social e terapeuta ocupacional, o que torna o atendimento mais humanizado aos pacientes e familiares. “Desde que teve início, o PAD tem proporcionado uma melhora significativa, prevenindo as internações e reinternações, controlando as medicações e conscientizando tanto os pacientes quanto os familiares sobre a doença mental. Estamos conseguindo redirecionar muitos pacientes para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)”, explica a psiquiatra Jeceline Tavares, coordenadora do PAD do Hospital de Saúde Mental.

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Uma das pacientes atendidas pelo programa é uma senhora de 63 anos, que já trabalhou como professora e auxiliar de enfermagem. Depois de passar 18 meses internada no HSM, ela foi liberada para continuar o tratamento em casa com o apoio da equipe do PAD. Diagnosticada com transtorno bipolar, ela conta que se sente bem melhor agora com a assistência que recebe da equipe de profissionais do hospital. “Elas me orientam sobre a maneira correta de tomar a medicação e sobre o que devo fazer para me sentir melhor, menos triste. Moro sozinha, não deixo de tomar os remédios, me alimento bem, cuido da casa e estou feliz”, revela a paciente.

A psicóloga que atua no Programa de Atendimento Domiciliar do Hospital de Saúde Mental de Messejana, Samea Pinheiro, conta que um dos objetivos desse serviço é orientar e estimular a autonomia e independência no autocuidado e nas atividades terapêuticas. “O paciente tem que se perceber para assumir seu tratamento. O cuidador, que já vive um momento de fragilidade emocional, também recebe nossa atenção, o nosso olhar”, relata.

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Os familiares também têm o apoio das assistentes sociais do PAD. “Nós percebemos que muitos pacientes são carentes de suporte familiar e ao visitá-lo em casa, podemos observar melhor as fragilidades do convívio com os parentes e contribuir com a reinserção sociofamiliar”, declara a assistente social do PAD, Sandra Diniz.

Critérios de inclusão

Para ser inserido no Programa, alguns critérios são avaliados. É necessário ser paciente do HSM com frequência de reinternações; residir na capital; dispor de, pelo menos, um cuidador ou responsável que execute as orientações necessárias à saúde do paciente; ser portador de transtorno mental crônico e não ser dependente de equipamento de monitoramento e sustentação à vida.