Fisioterapia ajuda na reabilitação do Seu Antônio
25 de agosto de 2016 - 17:37
Reconhecer e tratar o AVC rapidamente é importante para salvar uma vida. Foi assim para o agricultor Antônio Ferreira, 55, do município de Salitre. “Eu tinha chegado do roçado quando comecei a sentir os sintomas. Eram dores muito fortes e eu logo imaginei que fosse um AVC, a gente se lembra, né? De tanto o pessoal falar dos sintomas”, fala. Acompanhado pelo filho, Seu Antônio esteve internado 15 dias no Hospital Geral de Fortaleza, do Governo do Estado, onde recebe atendimento especializado. A unidade de AVC do HGF é formada por uma equipe multiprofissional de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, enfermeiros e neurologistas. Em média, 90 pacientes são atendidos por mês na unidade.
A fisioterapia é fundamental no processo de reabilitação de pacientes com sequelas de AVC, evitando outros distúrbios, ajudando na reabilitação sensorial, respiratória e motora, na recuperação do equilíbrio, da força muscular, como também na reintegração funcional à sociedade, trazendo mais qualidade de vida ao paciente e aos seus familiares. Segundo a fisioterapeuta Jannyelle Dionísio, que está acompanhando Seu Antônio, ele chegou muito debilitado ao hospital. “Seu Antônio estava com uma lesão grande na região do cerebelo, que é muito importante e responsável pelas funções de movimentação e coordenação do corpo. Foi feita a trombólise e graças a Deus, ele começou a responder aos nossos tratamentos”, diz.
A fisioterapia ajuda o paciente a retomar suas atividades diárias sozinho, sem necessitar de um acompanhante. Para isso, é necessário tempo e paciência. Conforme Seu Antônio, as sessões de fisioterapia fizeram toda a diferença na recuperação dele, que já voltou a falar, a reconhecer pessoas e lugares, e a trabalhar na roça. “Eu não conseguia fazer nada, nem sabia onde estava. Eles são gente boa demais, é um pessoal que tem muita competência. Eu vim para o melhor lugar, graças ao meu filho”.
Fisioterapia no HGF
Os pacientes que fazem tratamento na unidade de AVC, também têm acesso garantido às sessões de fisioterapia. Os fisioterapeutas checam todos os exames e, caso o paciente já tenha sido trombolisado (quando o trombo é dissolvido por remédios), é aguardado 24 horas para poder começar a fisioterapia. Os primeiros exercícios realizados são procedimentos básicos como sentar, levantar, levantar o braço ou a perna, ir para um lado e para o outro na cama.
De acordo com a fisioterapeuta Ana Fátima, o paciente passa por diferentes etapas de avaliação: “fazemos toda uma avaliação detalhada do paciente para em seguida, nós começarmos a focar o tratamento na dificuldade que ele tem. Se ele tem uma redução de força ou de estabilidade em algum local do corpo, nós vamos trabalhar para fortalecer essa área, tudo vai de acordo com a necessidade do paciente”.
O serviço de fisioterapia do HGF funciona de domingo a domingo, nas UTIs adulta e pediátrica, além da emergência, unidade de AVC, Unidade de Cuidados Especiais (UCE), internações, transplante e retorno das crianças para consultas. Mais informações pelo telefone 3101-3165.
Fatores de risco do AVC
Os fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são, por ordem de importância, pressão alta, fumo, obesidade, dieta inadequada, sedentarismo, colesterol elevado, diabetes, uso abusivo de bebida alcoólica, estresse crônico, depressão e doenças cardíacas, sobretudo a fibrilação atrial. A principal característica do AVC é a manifestação súbita dos seguintes sintomas: perda da força ou da sensibilidade em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou compreender, perda visual, particularmente se for só de um olho, tontura, vertigem ou dificuldade no equilíbrio, dor de cabeça sem causa aparente.
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Débora Morais
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