Pacientes emocionam e estimulam gestores a melhorar a saúde
23 de junho de 2016 - 18:47
Fotos: Assessoria de Comunicação da Sesa
“Lento, burocrático, sem qualidade, foi assim que sempre pensei o serviço público. Meu ponto de vista mudou totalmente depois que fui atendido no CEO regional em Russas. Logo na entrada imaginei que tinha entrado no lugar errado pela qualidade da estrutura e pela boa acolhida. Pensei, isso não é público”. O Centro de Especialidades Odontológicas regional em Russas e mais 21 CEOs nas diferentes regiões de saúde do Ceará são públicos sim, Kauan Furtado, 16 anos, estudante do ensino médio. Foram construídos pelo Governo do Estado, que na manutenção conta com recursos dos municípios e do Ministério da Saúde. “Os recursos dos nossos impostos estão sendo bem aplicados para garantir a democratização do acesso aos serviços, com pobres, negros, e todo mundo, tendo direito ao atendimento em saúde, não sendo mais só direito de quem tem dinheiro”, disse Kauan Furtado. Ele é integrante da Rede de Núcleos de Educação de Cidadania, do Unicef, apoiado pelo Estado.

Destacando que é filho de família pobre, Kauan disse que jamais teria condições de usar aparelho ortodôntico: “passei a infância toda pedindo a minha mãe que botasse aparelho porque meus dentes eram bem tortos, vivia com as mãos na boca e os colegas tiravam muitas brincadeiras chatas”. Depois de dois anos com aparelho ortodôntico, Kauan ganhou novo sorriso, não sabe mais o que é timidez. Bem falante e com clareza de que cidadania não exclui ninguém, ele emocionou os gestores, técnicos e os grupos de usuários da nova rede de saúde do Ceará, que na manhã desta quinta-feira, 23, em Limoeiro do Norte, discutiram os avanços do Programa de Expansão e Melhoria da Assistência Especializada à Saúde do Estado do Ceará (Proexmaes I), da Secretaria da Saúde do Estado: “não se cansem nunca. Continuem trabalhando e lutando para que a nossa população, especialmente a mais pobre, tenha cada vez mais saúde e qualidade de vida como direito assegurado”.

A secretária executiva da saúde do Estado, Lilian Beltrão, falou que “são esses depoimentos reais, como o de Kauan, de ampliação aos serviços de saúde, que emocionam e nos movem na saúde pública e nos comprometem a avançar ainda mais para assegurar que todos tenham serviços de qualidade”. Ela afirmou que “depois da ousadia e coragem do Governo do Estado em implantar a nova e descentralizada rede de serviços de média e alta complexidade, que além, dos CEOs incluem as policlínicas, os hospitais macrorregionais, as UPAs e o SAMU, o compromisso é trabalhar para utilizar ao máximo a capacidade da rede, garantindo mais eficiência de toda a estrutura. Já caminhamos muito, temos ainda muito para fazer e melhorar. São nas melhorias que estamos centrando nossa atenção e trabalho”.

Entre as melhorias, Lilian Beltrão informou que uma das propostas é a criação da central de laudos para leitura dos exames de imagem e dar agilidade nos resultados e retornos aos pacientes. O aumento do acesso aos exames de imagem, como mamografia, tomografia, ultrassonografia e aos especialistas está comprovado nos números de atendimentos nas 19 policlínicas regionais em funcionamento. Até março deste ano foram realizados 3 milhões e 271 mil e 38 atendimentos nas policlínicas. Só nas policlínicas da macrorregião de Litoral Leste/ Jaguaribe, que ficam em Limoeiro do Norte, Russas e Aracati, foram feitos 546 mil e 591 atendimentos.

Nesses atendimentos estão os usuários Oziel Saldanha de Freitas e Mônica Moura de Freitas. Com 33 anos, Mônica sofreu uma queda de escada, em junho de 2014. Fez cirurgias em Fortaleza e quando retornou para a sua cidade, Limoeiro, conta que ficou com medo de não ter onde ser acompanhada: “não sabia que tinha uma policlínica tão boa, melhor do que particular. Lá já fui consultada pelo médico ortopedista, pelo médico endocrinologista, pelo médico ginecologista, e ainda por psicólogo e faço sessões de fisioterapia para melhorar os movimentos da perna afetada pela queda”. Seu Oziel, com 57 anos de vida, também utiliza diversos serviços na policlínica regional em Limoeiro, que atende também a população de Alto Santo, Ererê, Iracema, Jaguaribara, Jaguaribe, Pereiro, Potiretama, Quixeré, São João do Jaguaribe e Tabuleiro do Norte.
Ele sofreu AVC e ficou com seqüelas. Recebe cuidados da fisioterapia, com sessões duas vezes por semana. Foi consultado por diversos especialistas, entre eles neurologista e ortopedista.

Seu Oziel, antes de ser acolhido e assistido na policlínica regional em Limoeiro, foi atendido na rede de hospitais terciários do Governo do Estado. Vítima de AVC, foi tratado no HGF, em Fortaleza, e depois do quadro clínico ficar estável foi tratado no Hospital Waldemar Alcântara, que é retaguarda do HGF para pacientes com AVC. Com problemas cardíacas, também recebeu tratamento no Hospital de Messejana, onde foi implantado um marca-passo.
Inovação na gestão
A integração da rede, com processos mais eficientes de trabalho e de assistência, focada em resultados, faz parte do desafio que o Governo do Estado, através da Secretaria da Saúde está comprometida em enfrentar. O novo coordenador das regionais de saúde da Sesa, Moacir Tavares, disse que “teremos a maior inovação de modelo de gestão que já teve no Ceará”.

Nesta sexta-feira, 24, a nova rede de saúde do Ceará estará em debate na macrorregião do Cariri. O fórum ocorrerá no Hospital Regional do Cariri, das 8h30min às 13 horas. O primeiro fórum foi realizado em Sobral, na última terça-feira, 21, seguido de Quixadá, 22. Em outubro, a Sesa fará um seminário internacional para avaliar com as cinco macrorregiões de saúde do Estado as melhorias da saúde e, principalmente, como conquistar novos resultados a partir da gestão com mais qualidade.

Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá / Helga Rackel ( selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5221 / 3101.5220)
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