Ceará faz 1º transplante de medula alogênico não aparentado
7 de abril de 2016 - 20:09
A saúde pública do Ceará registra mais um feito, com melhoria na qualidade de vida da população. Pela primeira vez, foi realizado no Estado o transplante de medula alôgenico não aparentado, onde doador e receptor não têm nenhum grau de parentesco. Ocorreu na última quarta-feira, 6, realizado pelo Hemoce, da rede pública do Governo do Estado, em parceria com o Hospital Universitário Walter Cântidio, do governo federal.
A paciente transplantada, 37 anos, mora em Baturité e estava com leucemia mieloide crônica. Ela recebeu células sadias de um doador compatível que mora em outro Estado. A busca foi feita através do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), para armazenar as informações de possíveis doadores.
De acordo com o hematologista, Fernando Barroso, chefe da equipe de transplante de medula óssea do Hemoce e do HUWC, somente o transplante seria a chance de vida da paciente. “Depois de realizados vários tratamentos, sem obter êxito, foi diagnosticado que somente o transplante poderia salvá-la”, destaca. O procedimento contou com cerca de 40 profissionais da saúde. “Foi um transplante complexo e inovador. Nós estamos muitos felizes com essa conquista”, disse. Com a realização do transplante a paciente terá uma vida normal com até 60% chances de cura da doença.
Só este ano, já foram realizados 14 transplantes de medula, resultados da parceria Hemoce e o Hospital Universitário Walter Cantídio. A parceria acontece desde 2008 e iniciou com a realização de transplantes de medula óssea autólogo, quando a medula transplantada é do próprio paciente. Em 2014, foi possível também garantir à população o transplante alogênico, quando o tecido transplantado provém de outra pessoa, o doador. Este ano, durante um transplante de aplasia medular foi aplicada a técnica de deseritrocitação, procedimento pioneiro no Estado, que torna possível o transplante em pessoas de diferentes tipos sanguíneos.
Para se cadastrar como doador de medula óssea é preciso ter entre 18 e 55 anos, não ter tido câncer e apresentar documento de identidade e comprovante de endereço. O cadastro será concluído com a assinatura de um Termo de Consentimento e a coleta de uma amostra de sangue (10 ml). É importante sempre deixar seu cadastro atualizado para que o Hemoce tenha como localizar o doador. Para isso basta entrar em contato com o Núcleo de Medula Óssea, enviando as alterações de dados para o e-mail nucleo.medula@hemoce.ce.gov.br
Assessoria de Imprensa do Hemoce
Natássya Cybelly
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