Seminário mobiliza para controle do surto do sarampo

10 de março de 2015 - 19:28

Todos pelo controle do sarampo e tudo para evitar que a doença passe a ser endêmica no Ceará. Esse foi o consenso que uniu gestores e profissionais de saúde e de outras áreas num só objetivo no seminário “Todos contra o sarampo”: eliminar o surto de sarampo. Desde o início do surto, em dezembro de 2013 até agora há 762 confirmados da doença em 33 municípios cearenses. Nenhum óbito. O seminário foi realizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações, Sociedade Cearense de Pediatria e Centro  Universitário Christus, na manhã desta terça-feira, 10 de março, na Unichristus, em Fortaleza. Teve o apoio da Secretaria da Saúde do Estado, Secretaria de Saúde de Fortaleza, Unicef, Unimed Fortaleza e da Cooperativa dos Pediatras.

O secretário da saúde do Estado, Carlile Lavor, disse na abertura do seminário que “é importante mobilizar todos os segmentos da sociedade em prol da saúde da criança e para eliminar o sarampo no Ceará”. Para a diretora de cursos e eventos da Socep, Ana Maria Cavalcante, “se ao final do seminário cada um que está, no total de 300 participantes, assumir o compromisso de mobilizar e informar os pais e responsáveis que as crianças precisam ser vacinadas pela  primeira vez logo aos seis meses de vida, que não precisam mais esperar que elas  completem 1 ano para receber a primeira dose, o seminário já terá um importante resultado positivo”. Por causa do surto, a primeira dose foi antecipada pelo Ministério da Saúde logo assim que a crianças completam seis meses, a segunda dose quando fazem aniversário de 1 ano e a terceira dose quando chegam ao 1 ano e três meses de vida. Só ficam protegidas com as três doses. Fora dessa faixa e com menos de cinco anos são indicadas duas doses para deixar as crianças imunizadas do vírus do sarampo.

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A conferencista do seminário Miriam Moura, da Sociedade Brasileira de Imunizações, em São Paulo, destacou que o sarampo é um desafio de vários países da Europa, das Américas e de áreas do mundo. Segundo informou, de 2014 para cá 22 mil casos da doença foram registrados em sete países. Em Berlim, capital da Alemanha e uma das principais cidades do mundo, com 570 casos, uma criança de 18 meses de vida morreu em fevereiro deste ano com sarampo. Para reforçar a importância da vigilância, Miriam Moura, afirmou que “com o sarampo ninguém pode baixar a guarda nunca, sempre mantendo altas e com qualidade e homogeneidade as taxas de coberturas vacinais”.

A consultora da Organização Panamericana de Saúde, Aidee Ramirez Franco, que está acompanhando o trabalho de controle do sarampo no Ceará, falou que “a situação do sarampo no mundo é crítica. O número de casos aumentou quatro vezes nas Américas em 2014, exigindo de todos ações permanentes e firmes”. O coordenador de promoção e proteção à saúde da Secretaria da Saúde do Estado, Márcio Garcia, disse que “apesar do grande desafio que é controlar o sarampo, doença altamente transmissível, é possível”.  Citou os bons exemplos de municípios da região Norte, como Sobral, que sofreu um surto e há mais de 90 dias nenhum caso da doença é confirmado. Para um surto ser considerado eliminado é preciso ter um período de 90 dias sem a confirmação de nenhum caso.

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