Médicos são preparados para o diagnóstico e tratamento do calazar
1 de dezembro de 2014 - 19:36
Depois de capacitar técnicos da vigilância e controle de reservatórios e vetores das Coordenadorias Regionais de Saúde, dos centros de controle de zoonoses e gestores municipais da saúde dos municípios da macrorregião do Cariri no último dia 27, na vigilância e controle da leishmaniose visceral, agora a Secretaria da Saúde do Estado fará treinamento com médicos. O “Treinamento em diagnóstico e tratamento de leishmaniose visceral no Cariri” ocorrerá nesta terça-feira, 2, a partir das 8h30min, no auditório da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte, na Avenida Tenente Rocha, 515, Cidade Universitária, e no auditório do Hospital Regional do Cariri, na Rua Catulo da Paixão, s/n, Triângulo, das 14 às 17 horas. Os médicos que farão o treinamento são do Programa Saúde da Família e de unidades e hospitais das regiões de Juazeiro do Norte, Crato e Brejo Santo. Quanto mais rápido os médicos indicarem o diagnóstico maiores são as chances de cura do paciente. Neste ano, até outubro, foram confirmados 361 casos e 23 óbitos, com uma taxa de letalidade de 6,37%.
As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários transmitidas ao homem (e também a outras espécies de mamíferos) por insetos vetores ou transmissores. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmanioses tegumentares, que atacam a pele e as mucosas, e viscerais (ou calazar), que atacam os órgãos internos. A leshmaniose visceral é transmitida pela picada do inseto comumente conhecido como mosquito palha. Se picar um cachorro contaminado e depois uma pessoa, essa pessoa pode ficar doente. A leishmaniose visceral humana é uma doença infecciosa, mas não contagiosa. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e idosos são mais suscetíveis à enfermidade, que pode levar a óbito até 90% dos casos não tratados. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que indica repouso, boa alimentação e o uso de medicamento por um período de 15 a 30 dias, dependendo da gravidade.
A expansão de áreas endêmicas da leishmaniose se deve às transformações no ambiente, provocadas pelo intenso processo migratório, por agressões ambientais, por pressões econômicas ou sociais, processo de urbanização crescente, o esvaziamento rural e as secas periódicas, que acarretam o aparecimento de novos focos. Estudos demonstraram forte evidência da relação entre o fenômeno El Niño e o risco de epidemia de doenças transmitidas por vetores em várias regiões do mundo, incluindo o calazar no Nordeste brasileiro. De 2010 a 2012, o Ceará foi responsável por 15% do total de casos e de óbitos por leishmaniose visceral do País.
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