Arruda Bastos recepciona profissionais do Mais Médicos

27 de agosto de 2013 - 00:41

Os 95 profissionais do programa Mais Médicos vindos do exterior e que iniciaram o treinamento na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) foram recepcionados na noite de segunda-feira, 26 de agosto, pelo secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, e pelo secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro de Andrade. O secretário Arruda Bastos agradeceu a disposição dos médicos de virem trabalhar no Brasil e disse que o governo brasileiro não vai admitir incitação ao preconceito e à xenofobia.

“O programa é polêmico porque é ousado e corajoso, não por causa de vocês”, ressalvou Arruda Bastos, como já afirmara o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Precisamos de carreira de Estado para os médicos da atenção básica, precisamos de mais recursos para a saúde, mas não podemos esperar”, indicou o secretário sobre a necessidade de médicos nos municípios brasileiros.

Em todo o país, 682 médicos com formação fora do Brasil que participaram da primeira seleção do programa Mais Médicos começaram na segunda-feira o módulo de acolhimento e avaliação. As aulas acontecem simultaneamente em oito capitais do país durante três semanas: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Como instituição formadora, a ESP-CE tem a coordenação pedagógica do treinamento, que tem a Universidade Federal do Ceará como instituição supervisora.

Os médicos formados no exterior serão avaliados e os que forem considerados aptos a participar do programa receberão um registro profissional provisório e começam a trabalhar nos municípios no dia 16 de setembro. Os 95 médicos em treinamento na ESP-CE trabalharão em municípios dos estados do Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão e, 44 deles, no Ceará. O grupo é formado por dois espanhois, dois portugueses, dois brasileiros formados na argentina e 81 cubanos.

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Depois de saudação feita pelo coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca, o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, lembrou que o programa Mais Médicos, em sua primeira etapa, preencheu apenas 1,3 mil vagas da demanda de 15 mil médicos dos municípios brasileiros. Odorico também agradeceu a participação dos médicos estrangeiros na primeira seleção do programa e ressaltou a preparação dos profissionais para o trabalho que vão realizar.

Os 95 médicos em treinamento no Ceará têm entre 10 e 15 anos de formados e todos os cubanos são especialistas em medicina de família e têm experiência em missões em outros países. No treinamento que estão realizando, carga horária de 120 horas, a avaliação vai abordar aspectos do Sistema Único de Saúde (SUS), doenças prevalentes no Brasil, conhecimentos linguísticos e de comunicação, aspectos éticos e legais da prática médica. Os profissionais também farão visitas técnicas aos serviços de saúde e vão participar de simulações de consultas de casos complexos com enfoque especial na atenção básica.

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Durante o módulo de acolhimento, os custos com alojamento (em unidades militares) e alimentação serão pagos pelo Governo Federal e a organização logística do módulo de responsabilidade conjunta dos Ministérios da Saúde e da Defesa. Durante os três anos que os profissionais com diploma estrangeiro atuarão no Brasil, os custeios de moradia e alimentação dos médicos serão de responsabilidade das prefeituras.

Os brasileiros tiveram prioridade no preenchimento dos postos abertos pelo programa Mais Médicos. Ao todo, 1.096 profissionais formados no Brasil confirmaram participação neste primeiro mês do Programa e atuarão em 456 municípios e 15 Distritos Especiais Indígenas (DSEI). As vagas remanescentes foram oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros, que atuarão com autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e nas regiões onde serão alocados pelo programa.

Os 400 médicos cubanos que vieram ao país por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) atenderão a população nas unidades básicas de saúde que fazem parte do universo de 701 cidades que não foram selecionadas por nenhum médico brasileiro nem estrangeiro durante as fases de seleção do programa.

A segunda seleção foi aberta dia 19 de agosto para adesão de novos municípios e médicos brasileiros e estrangeiros, que podem se cadastrar até o dia 30 de agosto. Os profissionais selecionados nesta etapa iniciarão as atividades ainda na primeira quinzena de outubro.

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