Comitê de Mortalidade Materna se reúne para investigar óbitos
3 de dezembro de 2012 - 14:39
O Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno e Infantil realiza reunião nesta terça-feira, das 9 às 12 horas, no auditório Waldir Arcoverde da Secretaria da Saúde do Estado, Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, para aprovar o regimento interno e discutir alguns óbitos maternos ocorridos nos últimos meses no Ceará. Criado por Portaria assinada pelo secretário Arruda Bastos, o Comitê integra o Fórum Estadual da Rede Cegonha, instalado em julho deste ano, e que também se reúne na sexta-feira, 14 de dezembro, para analisar as medidas implementadas para a redução da mortalidade materna e infantil no Estado. A instalação do Fórum marcou a efetiva implantação da Rede Cegonha no Ceará. Lançada no ano passado pela presidenta Dilma Rousseff, a estratégia Rede Cegonha fortalece um modelo de atenção que vai do reforço do planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto até os dois primeiros anos de vida da criança.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado no mês de novembro, a razão de mortalidade materna no Ceará caiu de de 93,7 óbitos em 1998 para 67,8 por 100 mil nascidos vivos em 2011 – redução de 27,6% em 13 anos. Um conjunto de ações e estratégias vem contribuindo para a redução da mortalidade materna. Além do “Pacto pela redução da mortalidade materna e neonatal”, em 2004, assegurando atenção ao pré-natal, parto e ao recem-nascido, e a “Rede Cegonha”, em 2011, implementados pelo Ministério da Saúde, no Ceará a queda nos índices é resultado também do desenvolvimento de planos de ação pelo Estado e os municípios. Na área da assistência ao parto, a Sesa estimulou a melhoria dos serviços prestados nos municípios, com investimentos em reformas de hospitais de pequeno porte, que ganharam centros de partos humanizados, e aquisição de equipamentos para hospitais e maternidades.
O Estado, com a descentralização do Sistema de Vigilância Epidemiológica a partir de 2009, vem apresentando aumento nos percentuais de notificação oportuna. Até 30 dias a notificação é feita nos casos da ocorrência de óbitos de mulheres em idade fértil, de 10 a 49 anos, nos anos de 2010 a 2012, quando chegou a índices de 85,7% e 9,7%, respectivamente. As maiores proporções de óbitos maternos, segundo o boletim da Sesa, foram verificadas na faixa etária de 20 a 29 anos, com 38,2% do total. De 30 a 39 anos, 36,1%. De 10 a 19 anos, 16,3%. De 40 a 49 anos, 9,1%. O estudo da Sesa observa que o maior risco de óbito está na população acima de 30 anos, com destaque para as mulheres entre 40 e 49 anos (319,6 óbitos por 100 mil nascidos vivos).
Assessoria de Comunicação da Sesa
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