Cerest capacita técnicos na vigilância em saúde do trabalhador

11 de junho de 2012 - 20:23



O Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador Manoel Jacaré (CEREST-CE), unidade da Secretaria da Saúde do Estado, promove de terça a quinta-feira, 12 a 14 de junho, o I Curso de Vigilância em Saúde do Trabalhador, que vai capacitar 40 técnicos dos Cerests regionais para a vigilância dos ambientes e processos de trabalho. No Ceará, funcionam os Cerests regionais de Horizonte, Sobral, Aracati, Tianguá, Quixeramobim e Juazeiro do Norte. Ao Cerest Manoel Jacaré (estadual) cabe elaborar e executar a Política Estadual de Saúde do Trabalhador, acompanhar os planos de ação dos Cerests regionais, a participação da pactuação para definição da rede sentinela e a contribuição para as ações de vigilância em saúde. 

A Vigilância da Saúde do Trabalhador (Visat) é um dos componentes da vigilância em saúde, e se constitui num conjunto de ações e práticas sanitárias integradas que realiza intervenções sobre os fatores determinantes e condicionantes dos riscos e agravos à saúde, em especial nos ambientes e processos de trabalho. Contempla ainda ações de vigilância epidemiológica sobre os agravos e doenças relacionados ao trabalho, a análise da situação de saúde, o monitoramento de indicadores e a articulação de ações de assistência com as de prevenção e promoção da saúde.

A vigilância dos ambientes e processos de trabalho é uma das ações de saúde do trabalhador com vistas a identificar os fatores e situações de risco a que podem estar expostos os trabalhadores nas suas atividades laborativas. Tem como propósito intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde dos trabalhadores, visando eliminar ou, na sua impossibilidade, atenuar e controlar estes fatores

Desde 2007, com dados atualizados até 24 de abril de 2012, o Ceará registrou 7.606 acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Os óbitos em consequência de acidentes de trabalho são crescentes desde 2007 no Estado, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram 35 mortes em 2005, 46 em 2006, 39 em 2007, 44 em 2008, 59 em 2009 e 61 em 2010. No Brasil dados oficiais de 2008 a 2010 apontam o registro de 2,3 milhões acidentes de trabalho. Como consequência, 8.089 trabalhadores morreram, cerca de uma morte por acidente de trabalho a cada 3,5 horas. Do total de acidentados, 41.798 trabalhadores ficaram permanentemente incapacitados para o trabalho. A amputação de dedos, mãos e braços lideram os quadros de incapacidade.