Começa em Quixeramobim construção de mais um hospital regional
A dimensão histórica do ato para a região foi o aspecto mais ressaltado durante a solenidade de assinatura da ordem de serviço para o início imediato das obras do Hospital e Maternidade Regional do Sertão Central (HRSC), na noite de terça-feira, 8 de maio, na praça do Marco Zero, em Quixeramobim. Logo após ser assinada pelo governador Cid Gomes, pelo secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, e por Carlos Fujita, representante do consórcio Fujita-Castelo Branco, vencedor da licitação, a ordem de serviço foi equiparada pelo prefeito Edmilson Junior à ordem de construção do açude Cedro pelo imperador D. Pedro II, ainda no século XIX, e à construção da barragem de Quixeramobim, concluída em 1958 pelo governo do presidente Juscelino Kubitscheck.

“O que se fez em todos os tempos pela saúde do Ceará não se compara ao que o Governo Cid Gomes faz”, disse o secretário Arruda Bastos, antes de afirmar que todos os presentes à solenidade estavam ali fazendo história. “Esse é o primeiro hospital do Brasil e talvez do mundo construído de forma democrática”, afirmou Arruda Bastos. Ele lembrou que a Macrorregião de Saúde do Sertão Central foi definida de forma democrática, junto com os prefeitos municipais, e que, há um ano, no dia 9 de maio de 2011, Cid Gomes teve a primeira reunião com prefeitos, vereadores e conselheiros municipais de saúde, no Centro de Convenções de Fortaleza, para iniciar o processo de escolha da cidade que iria receber o hospital regional.

A escolha do município de Quixeramobim para sediar o hospital regional foi, dessa forma, histórica. Ao invés de decidir a localização, o governo do Estado lançou para a região o direito de escolha. A população, através de conselhos de saúde e gestores municipais, participou da votação que, por maioria, venceu Quixeramobim. Os concorrentes foram os municípios de Boa Viagem, Canindé e Quixadá. “A escolha democrática deu endosso ao município para receber o hospital”, disse o prefeito de Quixeramobim, Edmilson Junior, depois da assinatura da ordem de serviço.

Com a construção dos hospitais regionais e, ainda, 22 policlínicas, 18 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), 48 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS 24 horas) e universalização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), o Ceará implanta uma das mais robustas redes de assistência à saúde do país, como confirmou o governador Cid Gomes. “Criar a maior e melhor rede de saúde de todos os estados brasileiros – essa é a tarefa entregue ao secretário Arruda Bastos”, revelou o governador.
Ao finalizar, Cid Gomes prometeu retornar ao município. “Em setembro de 2013, vamos voltar aqui para inaugurar o hospital que vai fazer de Quixeramobim a cidade referência da saúde no Sertão Central”.
Terceiro hospital regional
O HRSC será o terceiro hospital construído no interior pelo Governo do Estado. O investimento é de R$ 67.659.929,77 em obras, com previsão de término em 16 meses. Com 252 leitos, o novo hospital da rede pública estadual atenderá a população de 612 mil habitantes dos municípios de Boa Viagem, Canindé, Caridade, Itatira, Madalena, Paramoti, Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixadá, Senador Pompeu, Solonópole, Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Tauá e Quixeramobim.
O HRSC terá 15 leitos na emergência infantil, 30 leitos na emergência adulto, 20 leitos de UTI, 16 leitos de terapia semi-intensiva, 12 leitos de cirurgia, 8 no setor de neonatalogia, 11 leitos neonatais e 140 leitos na enfermaria. Serão 11 salas de cirurgia, 15 consultórios e oito salas de exames e tratamentos. A exemplo do Hospital Regional Norte, que já ficará pronto neste semestre, o Hospital e Maternidade Regional do Sertão Central contará também com um Centro de Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher para ampliar e qualificar a assistência às mulheres, reduzindo a mortalidade materna.
No total, o hospital terá área construída de 19.505 metros quadrados. O HRSC terá perfil terciário, ou seja, fará atendimento a casos de alta complexidade, semelhante aos outros dois hospitais regionais – o Hospital Regional do Cariri, já em funcionamento em Juazeiro do Norte desde abril de 2011, e o Hospital Regional Norte, em conclusão já neste semestre em Sobral. O Hospital Regional Metropolitano, em fase final de estudo de viabilidade, a ser construído em Fortaleza também será de alta complexidade para assistência à população da capital e Região Metropolitana.