FIEC é a mais nova integrante do comitê contra dengue

1 de fevereiro de 2011 - 14:13

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) é a mais nova integrante do Comitê Estadual de Mobilização Contra a Dengue, liderado pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa). O convite foi oficializado pelo secretário de saúde do estado, José Arruda Bastos, que participou de reunião, nesta segunda-feira (31/01), na Presidência da FIEC, juntamente com representantes da Secretaria da Saúde do Município, para buscar alternativas de mobilização no combate à dengue, em Fortaleza e no interior, envolvendo esforços conjuntos do poder público e da iniciativa privada.

Na próxima quarta-feira (2/2), às 9 horas, no auditório da Sesa, a FIEC estreará em encontros do comitê apresentando todas as ferramentas oferecidas pelo Serviço Social da Indústria (SESI) para conscientizar trabalhadores da indústria. Teatro de bonecos, palestras, cartilhas e um vídeo, protagonizado pelo médico Dráusio Varela, foram adotados com sucesso no Ceará, em 2008, por ocasião de campanha nacional de combate à doença causada pelo mosquito aedes aegypti.

Além de auxiliar com a tecnologia que possui em relação ao tema, o presidente da FIEC, Roberto Proença de Macêdo, comprometeu-se em envolver os sindicatos e seus respectivos setores industriais para ajudar o estado e o município a evitarem uma nova epidemia de dengue em 2011. A ideia é formar pequenos comitês em cada empresa, escola, canteiros de obras etc., formando multiplicadores para conscientizar trabalhadores, estudantes e comunidades sobre como combater a proliferação do mosquito e, por conseguinte, uma nova epidemia.

Dados apresentados pelo coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Dias da Fonseca Neto, revelaram que o Ceará está entre os 16 estados com risco de desenvolverem epidemia de dengue em 2011. “Temos 81 municípios com risco alto de epidemia de dengue este ano, incluindo Fortaleza”, frisou. Segundo ele, 70% do foco do mosquito no Ceará são reservatórios de água descobertos, principalmente caixas d’água.

Fonseca apresentou a proposta de um programa intensivo de combate ao mosquito, utilizando a inclusão digital e o esporte como ferramentas de mobilização social. O programa se baseia em metas a serem cumpridas por agentes de saúde, escolas, prefeituras e estudantes, envolvendo premiações como netbooks, LCDs, laboratórios de informática e bolas de futebol de salão, vôlei e basquete. O programa inclui também a distribuição de 50.000 cartilhas para escolas estaduais, 50.000 cartazes, 10.000 livretos e 100.000 panfletos.

Para participarem das atividades, as instituições terão de apresentar planos de contingência a serem implementados em casos de epidemia. O projeto está orçado em R$ 12 milhões, sem incluir a cidade de Fortaleza. Estão envolvidos na ação, além do gabinete do governador, as secretarias estaduais de saúde, educação, esportes, meio ambiente, trabalho e desenvolvimento social, defesa civil, bombeiros, Casa Civil, Cagece e Defensoria Pública do Estado.

O coordenador de Epidemiologia do Município de Fortaleza, Antônio Silva Lima, mostrou um mapeamento da capital cearense, revelando as Regionais 1, 3 e 5 como áreas com maior presença do mosquito em 2009 e mais susceptíveis a novos casos da doença. Segundo ele, apesar de a incidência de dengue ter ficado abaixo da média em Fortaleza, em 2010, devido ao retardo das chuvas, indícios apontam para a probabilidade de epidemia este ano.

 

Assessoria de comunicação da FIEC