Publicação mostra situação da saúde no Ceará

30 de dezembro de 2010 - 17:07

 

A Secretaria da Saúde do Estado está lançando a publicação Situação da Saúde no Ceará, que apresenta os indicadores consolidados de morbidade e mortalidade no Estado em 2009. “O perfil de saúde no Ceará assemelha-se ao do país quanto ao decréscimo significativo das doenças infecciosas, principalmente das imunopreveníveis, e ao aumento crescente das doenças crônicas e degenerativas decorrentes do envelhecimento da população e as relacionadas à violência”, destaca o documento. O aumento da expectativa de vida é atribuído “à redução da mortalidade infantil, à melhoria da qualidade de vida da população e ao maior acesso a bens e serviços públicos”. Para acessar o estudo, clique aqui.

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Com base na Classificação Internacional de Doenças (CID), a publicação aponta as doenças do aparelho circulatório como principal causa das mortes em 2009, com 13.333 óbitos registrados, seguidas das neoplasias (6.571 óbitos), causas externas (5.834 óbitos) e doenças do aparelho respiratório (4.508 óbitos). Mesmo não aparecendo entre as três principais causas de óbitos no Ceará em 2009, as doenças do aparelho respiratório foram as maiores responsáveis pelas 60.667 internações, seguidas das doenças infecciosas e parasitárias, com 49.054 internações, doenças do aparelho digestivo (36.571 internações) e causas externas (35.904 internações).

Fumo, obesidade, colesterol elevado e hipertensão arterial são apontados pela publicação como os fatores de risco para as doenças crônicas que estão entre as principais causas de morte e internações. De acordo com o documento, as causas externas – homicídios, acidentes de trânsito e suicídios – são responsáveis pelas maiores taxas de anos potenciais de vida perdidos (APVP), “pois matam principalmente jovens na faixa etária de 20 a 49 anos de idade”. Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e hipertensão são as principais causas de óbito, acometendo principalmente idosos, embora sejam responsáveis por 15% das mortes precoces.

A publicação aponta como desafios para o Estado “a elevada incidência de doenças emergentes e reemergentes, cujos determinantes são, predominantemente, socieconômicos e ambientais”, destacando entre essas doenças a tuberculose, Aids e dengue e, ainda, as leishmanioses e hepatites virais. As mortes violentas, o AVC, a elevada mortalidade materna por causas evitáveis e a ocorrência de cânceres em pessoas jovens são, segundo o documento, “alguns dos aspectos relevantes e desafiadores para as políticas públicas de saúde no Estado do Ceará”.

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