Gestantes do Ceará têm a garantia de 2 testes de HIV

8 de março de 2010 - 12:13

Com o objetivo de reduzir a transmissão de aids da mãe para o bebê e, assim, diminuir a mortalidade infantil no Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado passa a garantir para todas as  gestantes dois testes de HIV. Ás 14 horas desta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, no Laboratório Central de Saúde Pública – Lacen, o Secretário da Saúde do Estado, João Ananias, dará início a realização dos testes de HIV. O Lacen, unidade da rede estadual de saúde, fica na Avenida Barão de Studart, 2405, Aldeota.

Em 2009, foram notificados, no Ceará 145 casos de transmissão vertical da aids (da mãe para o bebê). Nove crianças já nasceram com o vírus. “Facilitando o acesso, garantindo a universalização dos testes às gestantes dos 184 municípios, teremos impacto na redução desse número e na qualidade de vida dos bebês e das mães”, afirma João Ananias. Para a auniversalização dos testes, a Sesa investiu R$1, 9 milhão, recursos do Tesouro do Estado,  na compra de insumos e kits. A rede de seis laboratórios do Lacen foi estruturada e equipada para a realização dos testes, além da preparação dos profissionais. Mais dois laboratórios integram a rede de realização dos testes de HIV, o Centro de Especialidades Médicas José de Alencar, do município de Fortaleza, e o laboratório do município de Sobral. 

Na rede estruturada dos oito laboratórios públicos, os testes de HIV serão feitos após a realização dos exames de sífilis nos municípios. Por isso, outro objetivo é reduzir o número de casos de sífilis congênita. Em 2009 foram notificados 576 casos, em 2008 o número de casos ficou em 521. Em 2007 foram notificados 451 casos da doença. Só para se ter uma ideia das causas, dos 451 casos de sífilis congênita notificados em 2007, 23% das mães não fizeram pré-natal, 56% não tiveram o diagnóstico de sífilis durante a gravidez e 71% não tiveram os parceiros tratados.       

Ainda no Lacen, hoje á tarde, João Ananias inaugura a reforma dos setores de lavagem e esterilização. “Isso representa biosegurança, mais proteção para os trabalhadores e menos riscos de contaminação”, afirma o diretor do Lacen, Ricardo Carvalho.

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NO CEARÁ
(mil nascidos vivos)
 

2007

2008

2009

16,1

15,8

15,4

Nº de caso e incidência de sífilis congênita. Ceará, 2001 a 2009*

Ano

Sífilis congênita

Nº de caso

Taxa de incidência

2001

37

0,3

2002

53

0,4

2003

122

0,9

2004

170

1,2

2005

367

2,6

2006

457

3,3

2007

451

3,4

2008

521

3,9

2009

576

4,7

*Dados parciais
Taxa de incidência por 1.000 nascidos vivos
Fonte: Sinan/Sinasc