Hospital Mental oferece terapia para pacientes com transtornos

24 de abril de 2009 - 18:42

   
Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação; preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento; preocupação em armazenar, poupar, guardar coisas inúteis ou economizar; preocupação com números especiais, cores de roupa, datas e horários. Essas são obsessões comuns aos portadores de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), que acomete de 2% a 3% da população. Cerca de 40% dos pacientes não respondem ao tratamento medicamentoso e necessitam de outras opções terapêuticas, dentre elas a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).

Destinado a portadores de TOC e seus familiares, o Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM), unidade da Secretaria da Saúde do Estado, organiza o segundo grupo de TCC para esses pacientes e promove a palestra “Como lidar com TOC”, ministrada pelo coordenador da Residência Médica do HSMM, Alexandre Menezes Sampaio, e pelo psiquiatra Frederico Emanuel, colaborador do Núcleo de Transtornos Ansiosos (Nuta). A palestra acontecerá na terça-feira, 5 de maio, às 14 horas, no Auditório Gilson Holanda, do HSMM, na Rua Vicente Nobre, s/n, Messejana. A participação deve ser confirmada com antecedência pelo telefone 3101.4309.

O TOC é um transtorno mental incluído pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana entre os chamados transtornos de ansiedade. Manifesta-se sob a forma de alterações do comportamento, (rituais ou compulsões, repetições), dos pensamentos (obsessões como dúvidas, preocupações excessivas) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão).

Sua característica principal é a presença de obsessões: pensamentos, imagens ou impulsos que invadem a mente e que são acompanhados de ansiedade ou desconforto, e das compulsões ou rituais: comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos, realizados para reduzir a aflição que acompanha as obsessões.

As manias, até mesmo as mais esquisitas, são quase sempre inofensivas. Em alguns casos, contudo, podem chegar a comprometer o desempenho profissional, escolar e os relacionamentos pessoais. Trata-se de um indicativo da necessidade de ajuda especializada. O que se imagina ser apenas uma mania pode sinalizar um processo de desenvolvimento do TOC, o segundo distúrbio psíquico mais comum no planeta, perdendo apenas para a depressão. No Brasil, estima-se que 4,5 milhões de pessoas sofram com esse transtorno.