Tratamento especializado para doença rara no HGF

1 de abril de 2009 - 13:50

Uma dormência de um lado do corpo, vista turva, dificuldades para executar tarefas simples da rotina como levantar um copo, escrever ou correr são sintomas que aparecem e desaparecem. Eles podem indicar sinais de uma esclerose múltipla. A doença acomete 18 de cada 100 mil habitantes no Brasil e é mais comum em mulheres. A proporção é de duas mulheres para cada homem. Os sintomas aparecem dos 15 aos 50 anos e podem se agravar caso não seja feito o tratamento adequado. O diagnóstico é feito através da análise clínica e monitoramento de exames como ressonância magnética. O tratamento custa caro e não é coberto por grande parte dos planos de saúde. Na rede particular, o custo mensal por paciente é de 7 mil reais mensais. Desde maio de 2008, pacientes com a doença contam com atendimento especializado e 100% financiado pelo SUS, no Hospital Geral de Fortaleza. Hoje, 70 pacientes que tiveram a doença diagnosticada são acompanhados de perto pela equipe do Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla. A equipe, chefiada pelo neurologista Artur D’Almeida, conta ainda com oftalmologista, urologista, nutricionista, fonoaudiólogo, farmacêutica e enfermeira.

A esclerose múltipla é uma doença neuroimunológica (que envolve o sistema nervoso e de defesa), rara, de causa desconhecida e apresenta lesões no sistema nervoso central. Começa com um distúrbio no sistema imunológico. A medula espinhal é atacada. Algumas células de defesa, que devem proteger o organismo, estranham-no e passam a destruí-lo. Com o dano, fica impedida a transmissão das mensagens entre o cérebro e o resto do corpo. A doença se manifesta através de surtos periódicos e tende a piorar a cada crise. Pode também ser progressiva, com piora constante. O tratamento é feito com medicamentos de alto custo que modulam a imunidade, aumentando o intervalo entre os surtos e reduzindo os riscos de degeneração. Com o tratamento, o paciente passa a ter melhor qualidade de vida.

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