• Cuidados em Saúde

Hanseniase

9 de setembro de 2008 - 16:49

PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA HANSENÍASE

1) O QUE É HANSENÍASE
É uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para saúde pública devido a sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa. O alto potencial incapcitante da Hanseníase estar diretamente relacionado à capacidade de penetração do Mycobacterium Leprae na célula nervosa e seu poder imunogênico.

2) COMO SUSPEITAR DE UM CASO DE HANSENÍASE
A suspeita de hanseníase se baseia na presença de um ou mais sinais ou sintomas relacionados abaixo:
– Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo;
– Área de pele seca e com falta de suor;
– Área da pele com queda de pêlos, mais especificamente nas sobrancelhas;
– Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade;
– Sensação de formigamento ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou se machuca sem perceber;
– Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas e inchaços de mãos e pés;
– Nódulos(caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

3) TRATAMENTO
O tratamento para hanseníase é gratuito e oferecido na rede básica de saúde do SUS, através da poliquimioterapia (PQT), que é o tratamento oficial indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Deve ser administrada na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima a residência do paciente. O esquema de tratamento depende da forma clínica da doença (paucibacilar ou multibacilar), da idade da pessoa com hanseníase e da sua tolerância ao medicamento.

4) SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO CEARÁ
– 6,4% dos casos novos do Brasil estão no Ceará;
– Ocupa o 10º lugar em coeficiente de detecção geral, em relação aos outros 27 estados;
– 93% dos municípios notificaram casos novos nos últimos 3 anos;
– 57% são multibacilares(MB);
– 51% dos contatos examinados;
– Tendência crescente da endemia hansêmica no período de 2001 a 2007 de 7%;
– Aumento nos coeficiente de detecção em menores de 15 anos na série histórica de 2001 a 2008 de 8,6%;
– Municípios notificantes de casos de hanseníase: 83%.

5) MUNICÍPIOS PRIORITÁRIOS
As principais regiões de importância epidemiológica do Estado são composta de 21 municípios (11,4%) dos 184 municípios do Estado, respondendo pela carga da doença em 51% e foram selecionados pelo Ministério da Saúde(MS) em 2008 como prioritário para intervenção. São eles:
– Brejo Santo, Canindé, Caucaia, Crato, Fortaleza, Iguatú, Itaitinga, Jaguaribe, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Maracanaú, Maranguape, Missão Velha, Pacatuba, Paracuru, Pentecoste, Quixeramobim, Santana do Acaraú, São Gonçalo do Amarante, Sobral e Várzea Alegre.

6) SERVIÇOS DE ATENÇÃO AOS PORTADORES DE HANSENÍASE
A Hanseníase está inserida entre as prioridades do Pacto pela Vida. A assistência integral à pessoa com hanseníase requer a organização da equipe multidisciplinar da rede pública de serviço do SUS, da Atenção Básica, da Média e Alta Complexidade.

REDE ASSISTENCIAL ATENÇÃO BÁSICA

UNIDADES DE REFERÊNCIAS (MÉDIA COMPLEXIDADE)
A grande maioria dos casos de hanseniase pode ser diagnnosticados,tratados e curados na Atenção Básica, somente os casos de reações agudas, que podem ocorrer antes, durante e depois do tratamento,outros medicamentos se fazem necessários. Esses casos devem ser encaminhados para as Unidades de Referências.

UNIDADES DE REFERÊNCIAS (NÍVEL TERCIÁRIO)
O portador de Hanseníase deve ter seu acompanhamento, prioritariamente ,na Atenção Básica (PSF). Quando houver intercorrências clínicas ou cirúrgicas que necessitem de um maior nível de complexidade o usuário será encaminhado às unidades hospitalares da rede SUS.

– Hospital São José de Denças Infecciosas (HSJ) – Rua: Nestor Barbosa nº315 – Fortaleza
– Hospital Geral César Cals – Av. do Imperador nº545 – Fortaleza
– Hospital Walter Cantidio – Rua: Capitão Francisco Pedro, nº1290
– Hospital Santa Casa de Misericórdia – Rua: Barão do Rio Branco, nº 20