De Braços Abertos: Sesa realiza oficina sobre estratificação de risco gestacional para profissionais de saúde
12 de julho de 2024 - 13:35 #estratificação #Oficina #risco gestacional
Assessoria de Comunicação da Sesa>
Texto: Fernanda Teles
Arte gráfica: Juliel Veras e Iza Machado
O médio risco representa gestantes em maior vigilância e cuidado na gestação e que devem ser encaminhadas para a Atenção Ambulatorial Especializada
A avaliação por estratificação de riscos é um dos elementos centrais na organização da Rede de Atenção à Saúde materno-infantil, por estabelecer a assistência com a qualidade necessária para garantir a segurança de mães e filhos. Nesse sentido, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) promove, nesta terça-feira (16), a Oficina de Formação para Profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) e Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), sobre estratificação de risco gestacional.
A capacitação é uma das ações do eixo de educação permanente do Projeto de Braços Abertos e acontece no Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Limoeiro do Norte, município onde o projeto foi lançado pelo Governo do Estado, em abril deste ano. A oficina será totalmente presencial e conta com 260 inscritos.
“O objetivo principal desta oficina é que os profissionais que atuam na Atenção Primária e Atenção Especializada conheçam a nota técnica de estratificação de risco gestacional, elaborada pela Sesa, e a utilizem para qualificar o encaminhamento da paciente. Dessa forma, estaremos revendo os critérios de estratificação de risco da gestante, estabelecendo o grau de complexidade necessário e definindo os fluxos assistenciais na rede de acompanhamento do pré-natal no estado”, explica a assessora da área materno-infantil da Secretaria Executiva de Atenção Primária e Políticas de Saúde (Seaps), Talyta Alves.
Segundo a assessora da Seaps, a gestação de alto risco é aquela na qual a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido tem maiores chances de serem atingidas. Este tipo de gestação pode estar presente em cerca de 15% das grávidas e pode estar relacionado a fatores individuais, condições socioeconômicas desfavoráveis, doenças maternas anteriores, história reprodutiva anterior e gravidez atual.
“A realização do pré-natal com qualidade desempenha papel fundamental na prevenção e detecção precoce de patologias, no âmbito materno e fetal, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos para a gestante. Nesse contexto, a estratificação de risco gestacional compreende três níveis: risco habitual (baixo), risco intermediário (médio) e alto risco, sendo esse o principal foco da oficina realizada pela Sesa”, ressalta.
A nota técnica de estratificação de risco gestacional que será apresentada aos participantes da Oficina foi elaborada pelas equipes da Seaps e da Coordenadoria das Redes de Atenção à Saúde (Coras), com base no Manual de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde (MS). “É importante destacar a relevância das características individuais e sociodemográficas que foram incluídas no manual do MS, além da inclusão do médio risco que representa gestantes em maior vigilância e cuidado na gestação. Quanto maior o número de critérios combinados, maior a complexidade da situação e vigilância pelos profissionais a partir da estratificação do risco gestacional”, afirma Talyta Alves.
Segundo a coordenadora da Coras, Rianna Nobre, a nota técnica fortalece a qualificação do cuidado, ao mesmo tempo em que possibilita uma melhor organização da rede de atenção à saúde da mulher e da criança. Para a superintendente do Litoral Leste/Jaguaribe, Mere Benedita do Nascimento, a oficina é um importante incentivo para os profissionais da região. “Reconhecemos a importância de trabalhar a estratificação de risco gestacional e essa é uma oportunidade ímpar de estarmos com profissionais da APS e Atenção Especializada discutindo juntos e fortalecendo a Rede”, diz.
Sobre o Projeto de Braços Abertos:
O Projeto de Braços Abertos tem como eixos de execução ações de educação permanente, planificação da Atenção à Saúde e rede de articuladores, nas cinco regiões de saúde do estado. Agindo por etapas, a implementação de cada eixo é fundamental para o bom andamento do Projeto e seu impacto direto na população.
O investimento total da iniciativa é de R$ 11,5 milhões, com um total de 20 municípios inclusos. A ação é desenvolvida em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); Umane (Associação civil sem fins lucrativos); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE).