Unidade da Rede Sesa, HRN implanta projeto-piloto nacional de metodologia que monitora síndrome gripal

20 de março de 2024 - 15:21 # #

Assessoria de Comunicação do HRN
Texto e fotos: Teresa Fernandes

HRN participa da Rede Sentinela desde 2021 monitorando a circulação de vírus respiratórios

Integrando a Rede Sentinela do Ministério da Saúde (MS), o Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Sobral, foi escolhido para implantar o projeto-piloto de uma nova metodologia de vigilância de síndrome gripal. Serão gerados relatórios para fortalecer esses serviços nas 308 unidades de saúde da rede no país. A Sentinela é uma estratégia do MS que funciona como observatório no âmbito dos serviços para o gerenciamento de riscos à saúde.

O HRN recebeu visita técnica de uma equipe composta por técnicos do Ministério da Saúde, da Superintendência da Região Norte da Sesa e do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta, nos Estados Unidos. O objetivo foi conhecer os fluxos dos serviços de vigilância de vírus respiratórios e discutir estratégias de fortalecimento.

As visitas aos hospitais pretendem aprimorar os indicadores de vigilância sentinela para síndromes gripais, segundo a assessora técnica do Ministério da Saúde, Walquíria Almeida. “Por meio da análise dos indicadores poderemos embasar os dados e avaliar se os hospitais da Rede Sentinela dão hoje respostas que consigam identificar os vírus circulantes e possam sinalizar surtos e epidemias”, avalia.

O médico epidemiologista do CDC de Atlanta, Will Clara, explicou que a escolha do HRN para dar início ao projeto teve relação com as características do hospital. “A unidade é referência na região e tem potencial para melhorar a qualidade do monitoramento de longo prazo”, avalia.

A coordenadora de vigilância em saúde da Superintendência da Região Norte da Sesa, Arminda Evangelista de Moraes Guedes, explicou que estão sendo realizadas visitas de monitoramento para aprimorar a atuação das unidades sentinela. “Estamos monitorando o funcionamento das ações de vigilância epidemiológica e ampliando essa atuação”, ressalta.

A escolha do HRN para dar início ao projeto teve relação com as características do hospital, referência na Região e com potencial para melhorar a qualidade do monitoramento de longo prazo

Rede Sentinela

A Rede Sentinela é uma estratégia do Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (Vigipos), que funciona como observatório no âmbito dos serviços para o gerenciamento de riscos à saúde. O programa trabalha em atuação conjunta  com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) do Governo Federal.

Em 2000, com a circulação endêmica de vários vírus respiratórios e com distintos cenários epidemiológicos identificados a cada ano, o Brasil criou o sistema de vigilância das síndromes respiratórias para o monitoramento dos vírus de influenza no país, a partir de uma rede de hospitais sentinela de síndrome gripal.

Visita técnica ao HRN contou com técnicos do Ministério da Saúde, da Superintendência da Região Norte da Sesa e do CDC de Atlanta (EUA)

O HRN recebeu o selo de vigilância sentinela da síndrome gripal em 2021. Além do HRN, participam da Rede Sentinela outras unidades da Rede Sesa: Hospital de Messejana (HM), Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) e Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara (HGWA), em Fortaleza; e Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim.

Segundo a coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HRN, Maria Josimar Bezerra, o objetivo é monitorar a circulação de vírus respiratórios, conhecer a proporção de síndromes gripais entre o total de atendimentos realizados na unidade, identificar as variantes sazonais e a distribuição dos vírus por faixa etária, além de promover cepas virais para a formulação de vacinas de influenza, fornecer informações oportunas e de qualidade para o planejamento e adequação do tratamento, além de estabelecer medidas de prevenção e controle relacionados à síndrome gripal. “Com essa nova metodologia, o Hospital Regional poderá ajudar muito mais na prevenção e controle das doenças de síndromes respiratórias agudas”, explica Bezerra.