Ceará regionaliza aplicação de injeção intraocular com implementação de protocolo na Policlínica Regional em Maracanaú

18 de janeiro de 2024 - 15:12 # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto: Fernanda Teles
Fotos: Fernanda Teles/Arquivo

A paciente Maria de Nazaré, 72, moradora do município de Maranguape, é portadora de diabetes tipo 2 e foi uma das pessoas que recebeu a aplicação da injeção intraocular na Policlínica Regional de Maracanaú

A Saúde do Ceará dá mais um passo no fortalecimento da sua política de regionalização de serviços com a implementação do projeto-piloto para protocolos clínicos de doenças de retina, através da aplicação de injeções intraoculares, na Policlínica Regional em Maracanaú. A iniciativa irá atender pacientes regulados pelos oito municípios que compõem o Consórcio Público de Saúde da Região de Maracanaú (CPSRM) e foi coordenada pela Secretaria Executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional (Seade), por meio da Superintendência da Região de Fortaleza (SRFOR) com a parceria do CPSRM.

“A regionalização é fundamental para promover a equidade, a integralidade na atenção à saúde, a racionalização dos gastos e otimização dos recursos. A descentralização do protocolo de aplicação das injeções intraoculares faz parte desse processo de fortalecimento e ampliação do acesso à saúde”, ressalta a secretária da Saúde do Estado, Tânia Mara Coelho.

A paciente Maria de Nazaré, 72, moradora do município de Maranguape, é portadora de diabetes tipo 2 e foi uma das pessoas que recebeu a aplicação da injeção intraocular na Policlínica Regional de Maracanaú nesta quinta-feira (11). “Passei pela consulta com o oculista e fiz todos os exames no Hospital Geral de Fortaleza [HGF]. Estou muito feliz que agora irei iniciar esse tratamento perto da minha casa para que eu possa voltar a enxergar melhor. Há muito tempo estou com minha visão prejudicada em consequência da diabetes. Estou muito esperançosa e emocionada”, relata.

Atualmente, a aplicação de injeções intraoculares é realizada pelo setor de oftalmologia do HGF. “Esse procedimento consiste na aplicação de uma medicação no globo ocular e é utilizada para tratamento de doenças de retina, especialmente em pacientes portadores de diabetes. Este tratamento é recomendado principalmente por obter resultados muito satisfatórios e com baixos riscos”, explica a oftalmologista e umas das idealizadoras da iniciativa, Joana Gurgel.

De acordo com a diretora-geral da Policlínica Regional de Maracanaú, Jordânea Freitas, para a implementação do protocolo de aplicação das injeções, 44 pacientes foram avaliados. Destes, 24 tiveram diagnóstico de doenças na retina e já iniciaram o tratamento na Policlínica. “Esses pacientes precisam ser regulados pela rede de Atenção Básica de Saúde dos municípios que compõem o nosso consórcio. Após ser avaliado pelo nosso médico retinólogo, ele deve seguir o protocolo para tratamento ocular angiogênico que inclui a aplicação da medicação”, explica.

Para a expansão da descentralização do procedimento, a equipe da Sesa trabalha no levantamento dos dados epidemiológicos das diversas regiões de Saúde, bem como da demanda atual para o tratamento das doenças da retina. “A Secretaria busca desenvolver o fortalecimento das Redes de Atenção à Saúde (RAS) para ampliação do acesso aos serviços com qualidade e continuidade. Acreditamos que a implementação desse protocolo em uma Policlínica Regional irá beneficiar fortemente a todos os pacientes portadores com doenças de retina e que hoje precisam se deslocar para realizar o procedimento no HGF”, ressalta o superintendente da SRFOR, Ícaro Borges.

Protocolo de tratamento prevê de três a seis aplicações da injeção intraocular

Para a implementação do protocolo de aplicação das injeções, 44 pacientes foram avaliados na Policlínica Regional de Maracanaú

O protocolo para o tratamento das doenças de retina ou degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é feito através da aplicação de três a seis doses da injeção intraocular.

“Após as primeiras aplicações, encaminhamos o paciente para revisão dos exames e posterior avaliação para continuidade do tratamento. A depender da resposta ou evidência de melhora, podemos estender ou não o tratamento”, explica a oftalmologista retinóloga da Policlínica Regional em Maracanaú, Lana Martins Menezes.

Sobre o CPSRM

Criado em 17 de novembro de 2009, o Consórcio Público de Saúde da Região de Maracanaú – CPSRM, é constituído como autarquia, nos moldes da Lei n° 11.107 de 6 de abril de 2005, e composto pelos municípios de Acarape, Barreira, Guaiúba, Maracanaú, Maranguape, Pacatuba, Palmácia e Redenção e tem gestão compartilhada com o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde. A população atendida pelo CPSRM conta com mais de 500 mil habitantes. Atualmente, o Consórcio é presidido pelo município de Acarape. O secretário executivo Bruno Eloy é o responsável pela gestão dos serviços oferecidos.

A regionalização do procedimento foi coordenada pela Secretaria Executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional (Seade), por meio da Superintendência da Região de Fortaleza (SRFOR) com a parceria do Consórcio Público de Saúde da Região de Maracanaú