HRN participa de projeto nacional para reabilitação de pacientes com insuficiência respiratória grave

12 de janeiro de 2024 - 15:21 # # # # #

Assessoria de Comunicação do HRN
Texto e fotos: Teresa Fernandes

O Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa) em Sobral, passa a integrar o Projeto Rehab-VM Brasil. A iniciativa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Albert Einstein e o Hospital Moinhos de Vento, tem como objetivo reabilitar pacientes com insuficiência respiratória grave. Serão contemplados 20 hospitais em todo o País. A visita inicial de implantação do projeto no HRN ocorreu na quinta-feira (11).

Rehab-VM Brasil irá beneficiar pacientes por meio de telereabilitação; equipe local do HRN trabalhará em parceria com hospitais de referência

O Rehab-VM Brasil pretende acompanhar e reabilitar cerca de 2.500 pacientes em um período de 2 anos. Entre os critérios de elegibilidade de pacientes para participar do projeto estão ter mais de 18 anos, ter tido um quadro de insuficiência respiratória grave e ter estado em ventilação mecânica por mais de 12 horas. A seleção das 20 unidades que abrigarão o projeto foi feita de acordo com uma lista nacional de hospitais que mais notificam pessoas com SARG (Síndrome de Angústia Respiratória Grave) e com necessidade de ventilação mecânica no sistema do SUS.

As equipes multiprofissionais dos hospitais de referência acompanharão os pacientes das unidades selecionadas de forma remota por meio de telemedicina desde o período de internamento em UTIs e enfermarias até 90 dias após a alta. As avaliações ou consultas por meio de um aplicativo de celular serão realizadas por nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos.

“Avaliamos que os pacientes que tiveram longos períodos com insuficiência respiratória grave apresentam sequelas respiratórias, motoras, além de sintomas como a disfagia e necessitam de reabilitação”, ressalta a enfermeira responsável pela navegação do projeto no Hospital Albert Einstein, Silvana Yoshida. Ela explica que em até 90 dias após a alta hospitalar os pacientes continuarão a ser acompanhados para avaliar como está a qualidade de vida e se eles conseguiram voltar às suas atividades normais. A visita inicial também contou com a presença da coordenadora de pesquisa do projeto no Hospital Albert Einstein, Andrea de Carvalho.

Troca de experiências

Diretor do HRN diz que troca de experiências é necessária em especial no pós-pandemia

O diretor-geral do HRN, Carlos Hilton Albuquerque Soares, ressalta a importância da iniciativa. “A fase pós-pandemia no contexto social exige uma constância nos nossos aprendizados e na assistência à saúde. Essa necessidade torna-se mais evidente por conta da gravidade da pandemia em todos os seus contextos, mas também por conta de sequelas biopsicossociais”, avalia.

Soares explica que as sequelas respiratórias estão muito presentes nos pacientes que sofreram com a covid-19. Mas, além dessa enfermidade, o programa abrange outras doenças que possam gerar problemas respiratórios. “Os resultados irão indiscutivelmente proporcionar melhorias na qualidade assistencial”, avalia.

A troca de experiência com outras unidades de referência é fundamental, segundo o coordenador de enfermagem das UTIs Adulto 1 e 2 do HRN, Diego Pinheiro. “É fundamental essa troca de experiência com os melhores hospitais do Brasil e poder tomar como norte os melhores pacotes de boas práticas, as melhores evidências. Sem dúvida será uma importante troca com a equipe multiprofissional”.

Pinheiro lembra que a UTI Adulto também participa do programa “UTI Conectada” em parceria com o Incor – Instituto do Coração em São Paulo. Todos os monitores, ventiladores e bombas de infusão do serviço estão conectados com os profissionais da unidade de referência que fazem visitas virtuais para ajudar as equipes nas condutas.