ESP/CE realiza capacitação sobre Vigilância e Manejo Clínico da Hanseníase para profissionais de Maracanaú
8 de dezembro de 2023 - 13:56 #capacitação #curso #ESP #Hanseníase
Assessoria de Comunicação ESP/CE
Texto: Daniel Araújo
Foto: Divulgação
Capacitação abordou temas, como diagnóstico, prevenção de incapacidades e autocuidado
A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), concluiu, nesta sexta-feira (8), no Centro de Referência em Dermatologia Dona Libânia (CDERM), as atividades da segunda turma do Curso Básico de Vigilância e Manejo Clínico da Hanseníase.
Integraram o grupo cerca de 30 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que atuam na área da assistência de Maracanaú, município da Região Metropolitana de Fortaleza.
Coordenada pela Gerência de Educação Permanente em Saúde (Geduc) da autarquia, em parceria com a Célula de Vigilância Epidemiológica da Sesa, a iniciativa orientou os alunos sobre ações de diagnóstico, tratamento e prevenção de incapacidades físicas das pessoas acometidas pela hanseníase, visando à melhoria dos perfis social, clínico e epidemiológico dessa população.
A fisioterapeuta Juliana Landim atua em um núcleo especializado de referência no atendimento às pessoas com hanseníase em Maracanaú e afirma que o curso foi determinante para a atualização dos conceitos e das práticas vivenciadas por ela no cotidiano do trabalho.
“É uma formação que nos possibilita entender que o acompanhamento da doença envolve não apenas o diagnóstico precoce, mas, também, a prevenção de incapacidades, autocuidado, a reabilitação e o cuidado interprofissional”, detalhou.
Contexto da hanseníase
Doença de evolução lenta, a hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen, uma microbactéria que tem afinidade por células da pele e dos nervos. Suas principais manifestações aparecem nas formas de lesões cutâneas ou sintomas neurais periféricos. Por ter um grande potencial incapacitante, o tratamento precoce e o acompanhamento adequado diminuem os riscos relacionados ao problema.
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De acordo com dados da Sesa, no período de 2015 a 2022, 11.727 casos de hanseníase foram notificados no Ceará. Desse total, 486 foram registrados em menores de 15 anos e 59,7% dos diagnósticos foram em pessoas do sexo biológico masculino. A faixa etária de 50 a 64 anos foi a mais afetada (30,4%).