Equipe do HRSC realiza sonho de paciente internado há quatro meses em soltar pipa: ‘Até sorriu’, comemora irmã do jovem

16 de julho de 2021 - 11:45 # # # # #

Assessoria de Comunicação do HRSC
Texto:
Isabelle Azevedo
Fotos: Patrícia Fernandes e Lucas Araújo/HRSC

Brincadeira é parte de estratégia da equipe para diminuir dependência do paciente junto à ventilação mecânica 

O banho de sol de José Júnior, de 19 anos, que sofre de distrofia muscular, virou um momento para resgatar uma antiga brincadeira de criança: soltar pipa. Internado há quatro meses na Unidade de Cuidados Especiais (UCE) do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o jovem teve o desejo atendido pela equipe multidisciplinar na última quinta-feira (15). Tudo dentro das normas de segurança do paciente. 

“Temos o costume de levar os nossos pacientes para tomar o banho de sol. Um desses dias, trouxemos o Júnior e o vento estava muito gostoso. Ele mesmo disse que o vento estava maravilhoso e o sol também. Aí ele pegou, fez o gesto e disse: eu sou louco por pipa”, lembra o técnico de Enfermagem Lucas Araújo. 

A brincadeira faz parte de uma estratégia da equipe para diminuir a dependência do paciente junto à ventilação mecânica. “O Júnior é um paciente que está em ventilação mecânica. Estamos conseguindo fazer um desmame intermitente, ou seja, fazer com que ele saia da ventilação em alguns momentos. A nossa intenção foi perceber as potencialidades que ele tem. O que ele vai ganhar saindo do ventilador? E são esses momentos de vir para TV, de se socializar, de fazer o que gosta realmente”, explica a fisioterapeuta do HRSC Patrícia Fernandes. 


Para a família, soltar pipa renovou os ânimos do jovem de 19 anos

Para a profissional, a atividade de soltar pipa é parte do conceito da saúde de promover um completo bem-estar físico, mental e social. “Se você voltar agora, no leito, ele está sorrindo. Ele se socializa com as outras pessoas. Pelo lado da Fisioterapia, trabalhamos a motricidade que ele tem. Depois que a pipa estava no alto, ele segurou na linha, ficou fazendo os movimentos que ele consegue. Essa motricidade fina (quando se usa braços, mãos e dedos) também foi trabalhada”, afirma Fernandes.

Para a irmã do paciente, Elisângela Gomes, de 32 anos, ficou a alegria por vê-lo finalmente sorrir depois de tanto tempo de internação. “Ele achou bom demais. Até sorriu. Já faz muito tempo que ele está aqui no quarto, que está aqui internado. Isso é bom porque acabou se distraindo, relembrando a brincadeira de infância que ele gostava muito. Foi muito bom mesmo. Renovou o ânimo”, comemora.