Tratamento de hanseníase tem adição de mais um composto a partir de julho

1 de julho de 2021 - 16:46 # # # #

Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto:
Suzana Mont'Alverne
Arte gráfica: Iza Machado

O tratamento da hanseníase mudou. Conforme novas diretrizes do Ministério da Saúde (MS), todos os casos da doença, independentemente da forma que se apresenta, devem ser tratados com poliquimioterapia. O entendimento do MS prevê adição do composto clofazimina ao tratamento, que já era feito com as substâncias rifampicina e dapsona. A terapia, com duração de seis a 12 meses e com diferenciação para crianças e adultos, deve ser seguida a partir desta quinta-feira (1º).

De acordo com nota técnica, os pacientes diagnosticados a partir de agora com a hanseníase paucibacilar, com poucos ou nenhum bacilo nos exames, devem ser tratados com o esquema poliquimioterápico por seis meses. Os diagnosticados até 30 de junho de 2021 na forma multibacilar devem manter o tratamento por 12 meses.

A articuladora dos grupos técnicos de tuberculose e hanseníase da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Yolanda Morano, afirma que a doença crônica tem alto potencial incapacitante quando não tratada oportunamente. “A dificuldade na classificação correta do caso, o tempo de tratamento prolongado e a dificuldade na adesão do paciente motivaram a discussão da necessidade de regimes mais simples de tratamento, viabilizando um regime de droga única para ambos os casos”.

Morano reforça que os documentos da unidade de atendimento e do paciente em que constam as informações de acompanhamento, como cartões de aprazamento, prontuário e receitas, devem ser preenchidos com as informações claras com relação às novas atualizações. “Com o tempo de início, as drogas que estão sendo usadas no tratamento, o número de doses supervisionadas, etc”, exemplifica.

Os efeitos esperados pelo uso da clofazimina devem ser informados ao paciente na primeira consulta, bem como as orientações para minimizar os efeitos. “Esse cuidado pode evitar o abandono do tratamento, já que, os pacientes entendem a importância do uso quando são devidamente orientados”.