Com doação de fígado e rins, HRSC realiza primeira captação de órgãos de 2021

28 de janeiro de 2021 - 14:35 # # # #

Assessoria de Comunicação do HRSC
Texto:
Thiago Conrado
Foto: Gabriela Bandeira/CIHDOTT


O procedimento para retirada dos órgãos foi realizado pela Central de Transplantes do Estado

Mais um “sim” de uma família renovou a esperança de quem está na fila por um órgão. O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou a primeira captação de 2021 na quarta-feira (27). Foram doados um fígado e um par de rins de uma paciente de 67 anos. O procedimento para retirada dos órgãos foi realizado pela Central de Transplantes do Estado. O trabalho conjunto envolveu também o transporte aéreo da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

O HRSC passou a integrar a rede estadual de captação de órgãos e tecidos há dois anos. Neste período, foram nove doações autorizadas por famílias, o que envolveu nove fígados, seis pares de rins e um par de córneas.

A unidade hospitalar conta com a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), formada por uma equipe multiprofissional responsável por conduzir todo o processo que antecede a doação: notificação do potencial doador, manutenção do seu estado clínico e entrevista familiar. “É muito importante que todos nós possamos manifestar em vida o desejo de ser um doador, para que nossa família esteja ciente e possa autorizar a doação de órgãos”, orienta a enfermeira da comissão, Gabriela Bandeira.

“O hospital tem sido muito estratégico para a (rede de) saúde do Estado, pois atendemos pacientes da região do Sertão Central e de outras regiões que nos são demandadas”, ressalta o diretor de processos assistenciais Cristiano Rabelo. “Recebemos pacientes com doenças de alta complexidade, e buscamos oferecer um atendimento de excelência para os usuários. Trabalhamos também para que possamos cada vez mais conscientizar a população sobre a importância do ato de doar órgãos e, consequentemente, de salvar vidas”, sublinha Rabelo.

Protocolo para doação

Para que uma doação possa ser realizada, o hospital cumpre um protocolo: é feita uma bateria de exames até que seja comprovada morte encefálica do paciente, quando o cérebro para de funcionar de modo irreversível.

De acordo com a coordenadora do serviço social da unidade, Tinciane Oliveira, o diálogo entre os profissionais e os familiares é feito de maneira cuidadosa e humanizada, respeitando o momento de dor pela perda do ente querido. “Oferecemos para a família a possibilidade da doação dos órgãos, e eles têm o direito de aceitar ou não. Então, temos que falar para nossa família que somos a favor da doação”, ela indica.