Hospital de Saúde Mental realiza pesquisas sobre impacto da pandemia
21 de maio de 2020 - 15:42 #covid-19 #Pandemia #Pesquisa #saúde mental
Assessoria de Comunicação do HSMM
Repórter: Milena Fernandes
Arte gráfica: Rodrigo Costa
A população mundial está diante de um cenário atípico, no qual a pandemia de Coronavírus exige a adoção de medidas sanitárias rígidas e mudanças profundas na rotina de todos. Em meio a esta realidade, a ciência desempenha um papel fundamental a partir do trabalho de especialistas e pesquisadores, que observam a dinâmica de transmissão da Covid-19 e o impacto da doença sobre a saúde física e mental das pessoas.
O Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM) está realizando estudos para mensurar os danos relacionados à pandemia. Em uma das pesquisas, a unidade da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará, do Governo do Estado, pretende identificar como profissionais da saúde reagem à Covid-19 do ponto de vista psicológico e de que forma eles elaboram estratégias de enfrentamento à doença.
O psiquiatra e preceptor da Residência em Psiquiatria do HSM, Matias Carvalho, está à frente do trabalho científico, que também analisa aspectos ansiosos e depressivos apresentados pelos trabalhadores. “A pesquisa é uma forma de produzir conhecimento, através de testes de hipóteses, principalmente na área da saúde mental, onde, por conta da situação atual, pairam tantas incertezas”, explica.
Ainda de acordo com o médico, o estudo fornecerá informação, direcionando possíveis tratamentos e evidências científicas sobre transtornos como ansiedade, depressão e sofrimento psíquico de uma forma geral neste momento.
Estudo com pacientes
Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos em Esquizofrenia (NUESQ) do HSM tem como foco os impactos do coronavírus sobre a saúde mental dos pacientes da unidade. A psicóloga do HSM, Ana Carla Castro, é uma das profissionais responsáveis pelo estudo, que está em fase de finalização. A especialista conta que o levantamento investiga, por exemplo, as mudanças no tratamento farmacológico ao longo pandemia. “Todos esses dados e informações comprovadas serão extremamente importantes para o curso de tratamentos e abordagens, tendo a qualidade na assistência como principal foco”, avalia.