Terapias favorecem mães da Unidade Canguru

9 de maio de 2019 - 17:32 # # # #

Assessoria de Comunicação do Hospital César Cals - Wescley Jorge

A música é um instrumento terapêutico muito utilizado para proporcionar o relaxamento das mães e dos bebês no Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública do Governo do Ceará. Mães e recém-nascidos internados na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) têm a oportunidade de participar da “Construção da Árvore da Vida”, atividade que trabalha o lado emocional das mães e permite que elas expressem preocupações, experiências e anseios do período hospitalar.

A iniciativa aborda um assunto por mês, que é vivenciado pelas mães internadas na unidade. Em maio, a temática escolhida foi “O papel de mãe e sua atuação”. Materiais são cortados em formato de folha, enquanto escutam músicas e fazem suas reflexões, as mães são convidadas para escrever suas mensagens. Elas deixam, também, cartas para outras mães do Canguru e para os filhos que ficaram em casa. A terapeuta ocupacional, Cláudia Hermerita, explica que ainda existe a busca pelo envolvimento de outros filhos. “Pedimos que elas escrevam tanto o nome dos filhos prematuros quanto dos irmãos para que eles se sintam acolhidos ao ver a árvore”, diz.

A terapeuta afirma que esse tipo de atividade é importante para trabalhar o vínculo entre as mães e os bebês, ajuda no desenvolvimento do recém-nascido prematuro e desperta valores como o cuidado e a doação. “É sempre muito emocionante, nesse momento de expressão pessoal, trabalham a questão do cuidado, aliviam a ansiedade, aceitam melhor as internações. Ganhamos muito com as sessões”, conta. Para a psicóloga, Eleonora Pereira, que também integra a equipe, no caso específico da música, ela funciona como um recurso que favorece o relaxamento e leva às reflexões sobre as vivências. “A partir do momento em que compartilham as histórias, há o apoio de uma mãe para a outra, alívio das tensões e ainda conseguem dar outro significado ao momento de internação”, esclarece.

Vitória Venâncio da Silva, de Várzea Alegre, está há dois meses internada com a filha Heloisa na Unidade Canguru. A paciente teve um descolamento de placenta e sangramento. Precisou ser levada com urgência para uma maternidade. No HGCC, a filha Heloisa, nasceu com sete meses. No primeiro momento, ela passou pela Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), em seguida, foi para o Canguru. Ter a oportunidade de participar dessas atividades é uma maneira de se fortalecer, ajudar a si e outras mães. “Foi emocionante, pude entender exatamente o que eu estava passando. Eu fiquei muito tranquila também”, disse. Agora, elas aguardam por alta hospitalar, que virá com o ganho de peso da recém-nascida, que responde bem ao tratamento.

O serviço é oferecido pelo setor de terapia ocupacional em parceria com a psicologia. Também acontecem outras atividades com as mães, como relaxamento guiado, escalda pés, massagens e a construção do álbum do bebê. Ao todo, dez mães participam das sessões no Canguru. A psicologia e a terapia ocupacional atuam, separadamente, no acolhimento materno diurno e pernoite fora da UCINCa, com mães que visitam seus bebês diariamente mas que já receberam alta.