Hemoce realiza conscientização sobre doença falciforme

20 de junho de 2018 - 10:00 # # #

Assessoria de Imprensa do Hemoce - Natássya Cybelly

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, Hemoce, da rede pública do Governo do Ceará, é referência no Estado para pacientes adultos com doença falciforme. Cerca de 400 pessoas são atendidas pelo Hemoce. Em alusão ao 19 de junho, Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, o Hemoce realizará nesta quinta-feira, 21, a partir das 9 horas, uma blitz educativa informando sobre sintomas e tratamento da doença. A mobilização ocorrerá na Av. Desembargador Moreira, próximo ao posto de coleta do Hemoce na Praça das Flores, no bairro Aldeota.

A ação será realizada em conjunto com funcionários e pacientes do ambulatório de hemoglobinopatias do Hemoce. “Nosso objetivo é informar e conscientizar sobre uma doença que ainda é pouco conhecida pela população, mas que precisa ser acompanhada desde cedo para evitar complicações futuras. Então, nós vamos realizar uma blitz com faixas, cartazes e distribuir panfletos informativos para que as pessoas tenha conhecimento sobre o que é a doença falciforme, como é possível diagnosticar e quais os tratamentos podem ser feitos”, disse Adlene Faustino, enfermeira do ambulatório de coagulopatias do Hemoce. Durante a ação de conscientização, cerca de 30 crianças irão se apresentar com a quadrilha Chama da Fogueira, que voluntariamente participam da atividade. A apresentação será ao lado do posto de coleta do Hemoce na Praça das Flores.

Doença Falciforme

A doença falciforme é genética e hereditária. De acordo com o hematologista Osanildo Nascimento, coordenador do ambulatório de hemoglopinopatias do Hemoce, a doença altera a formação nas hemácias (glóbulos vermelhos). “As pessoas com falciforme têm as hemácias em um formato diferente do natural, as células ficam em forma de foice, por isso o nome da doença. Essa alteração dificulta a circulação sanguínea e oxigênio para órgãos e tecidos o que pode provocar várias complicações”, explica. Os sintomas aparecem logo nos primeiros anos de vida. Dentre os principais sintomas estão: dores nas articulações, anemia, olhos amarelados, atraso no desenvolvimento e crescimento infantis, inchaço nos punhos, tornozelos, além de aumentar o risco de infecções, AVC.

Diagnóstico e tratamento

Atualmente, o Hemoce atende cerca de 400 pessoas com doença falciforme no hemocentro em Fortaleza e nos regionais do interior do estado. Os pacientes são acompanhados por hematologistas, assistentes sociais, ortopedistas, psicólogos e fisioterapeutas.
A principal forma para diagnosticar é através do teste do pezinho, que é feito logo nos primeiros dias de vida das crianças. Outra forma é o exame de sangue eletroforese de hemoglobina, que é realizado em crianças com mais de seis meses e em adultos. O Hemoce atende pacientes a partir de 18 anos.

Para obterem mais informações sobre exames e diagnóstico, os adultos que têm algum indício de doença falciforme podem procurar o Ambulatório de Coagulopatias e Hemoglobinopatias do Hemoce pelo telefone (85) 3101-2310. Apesar de a doença não ter cura, o tratamento permanente melhora a qualidade de vida dos pacientes. Através das medicações, acompanhamento com hematologistas e exames periódicos, as chances de ter crises de dores e complicações da doença são bem menores.

Encontros mensais para promoção da saúde

O Hemocentro de Fortaleza promove um encontro por mês com pacientes da doença falciforme e familiares em que são realizadas palestras para esclarecer informações da doença sobre os aspectos clínicos, complicações e as inovações no tratamento. “É um momento de descontração onde a gente tem a oportunidade para a troca de experiências, tirar dúvidas, é todo um cuidado com o paciente e com os familiares para melhorar a qualidade de vida de quem vive com falciforme”, finaliza Adlene Faustino.