Secretaria da Saúde reforça alerta de prevenção do sarampo

14 de outubro de 2010 - 18:47

A Secretaria da Saúde do Estado está reforçando as recomendações de vigilância epidemiológica do sarampo contidas na Nota de Alerta divulgada em agosto. A Nota Técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvep) atualiza os dados dos casos suspeitos de sarampo investigados no Brasil e renova a convocação para que os municípios a intensificarem as ações de prevenção ao sarampo. O último caso de sarampo confirmado no Ceará foi em 1999. Este ano, no Brasil, foram confirmados 43 casos de sarampo: dois no Rio Grande do Sul, com o genótipo B3, similar ao que está circulando na África do Sul, três casos em Belém do Pará, com o genótipo D4, vírus similar aos que foram identificados em casos na Inglaterra, França, Itália e Holanda, e 38 casos na Paraíba. Ainda 10 casos seguem em investigação, aguardando resultado laboratorial.

Por ser o Ceará um Estado com grande fluxo de turistas e pelo fato de ser vizinho à Paraíba, a Secretaria da Saúde alerta, na Nota Técnica, “para a necessidade urgente de implementação de medidas referentes a intensificação das ações de vigilância epidemiológica, vigilância laboratorial e especialmente de imunização contra o sarampo em todos os municípios cearenses e particularmente, aqueles que fazem divisa com a Paraíba”. O Ministério da Saúde orienta que a cobertura vacinal ideal é de taxas acima de 96% da população. No Ceará, 53 municípios estão com a uma cobertura de rotina abaixo de 95%. A recomendação para os municípios é intensificar as ações de imunização com a vacina Tríplice Viral (sarampo, rubéola e caxumba).

O sarampo é uma doença viral aguda, com elevada transmissibilidade e que pode acometer pessoas de qualquer idade não vacinadas. A vacina contra o sarampo é a medida preventiva mais eficaz. A vacina pode ser encontrada em todas as unidades de saúde dos municípios e do Estado. Com a análise da situação epidemiológica atual no País, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde ratifica que “não há evidencias de circulação sustentada do vírus do sarampo”, tendo por base os critérios internacionais. Por esses critérios, que “para haver transmissão sustentada é necessário que o vírus identificado circule no país por mais de 12 meses”. No caso do Brasil, os vírus foram identificados há cerca de 40 dias e os casos confirmados no país seguem classificados como casos de sarampo por vírus importado.

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