156 enfermeiros especializados em obstetrícia e neonatalogia

13 de agosto de 2010 - 14:30

A Secretaria da Saúde do Estado realiza de 16 a 19 de agosto, das 8 às 17 horas, o Seminário de Assistência Integral à Saúde da Mulher, destinado a diretores e profissionais de saúde de maternidades, e que funcionará, também, como módulo de conclusão do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica e Neonatal, que a Sesa iniciou em 2009, com 156 enfermeiros, em parceria com a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) e apoio do Ministério da Saúde. O seminário vai aprofundar conhecimentos sobre Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG), a pré-eclâmpsia, hemorragias no parto e pós-parto e urgências e emergências em obstetrícia, com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência à saúde da mulher. Os representantes de maternidades também conhecerão os critérios para elaboração de projetos de humanização do parto, que são financiados pelo Ministério da Saúde.

O coordenador da Especialização em Enfermagem Obstétrica e Neonatal, o médico Garcia Neto, afirma que o curso vai resolver a carência de enfermeiros obstetras nas salas de parto das maternidades. O resultado disso, segundo ele, é qualidade da assistência às mães e bebês e, consequentemente, redução do número de óbitos maternos e infantis. Os enfermeiros que vão concluir a especialização passarão a ser especialistas em obstetrícia. Todos são de maternidades da rede pública de saúde dos municípios de Caucaia, Maracanaú, Canindé, Itapipoca, Acaraú, Quixadá, Aracati, Russas, Limoeiro do Norte, Camocim, Sobral, Tauá, Tianguá, Icó, Brejo Santo, Iguatu, Crato, Juazeiro do Norte e de áreas indígenas dos municípios de Itarema, Acaraú, Pacatuba e Caucaia. O curso é resultado de uma ação do Pacto Cearense de Redução da Mortalidade Materna.

Em 2007, o Ceará registrou 105 óbitos maternos. A Secretaria da Saúde investiu e estimulou e  a melhoria dos serviços prestados nos municípios e, em 2008, o número caiu para 99 óbitos. A meta da Secretaria da Saúde do Estado é reduzir em 50%, em 2010, a razão de mortalidade materna registrada em 2006, de 70,7 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Causas obstétricas evitáveis são as principais responsáveis pelas mortes maternas. Quando diagnosticadas precocemente, a hipertensão, hemorragia e infecção não resultam em óbito materno.