Posse do Comitê Estadual de Desastres em Saúde será dia 23

21 de julho de 2010 - 18:47

Será instalado nesta sexta-feira, 23 de julho, o Comitê Estadual de Saúde em Desastres, conforme previsto na Programação das Ações de Vigilância em Saúde 2010-2011. O secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, assina às 9 horas a portaria de criação do Comitê no auditório Waldir Arcoverde da Secretaria da Saúde, na Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema. O Comitê Estadual de Saúde em Desastres será constituído de um núcleo gestor, presidido pelo Secretário da Saúde, e composto de nove membros, e pela câmara técnica, com 19 integrantes.

O Comitê Estadual de Saúde em Desastres será responsável pela articulação de ações de prevenção, preparação e resposta rápida para atenção à saúde das populações vulneráveis a acidentes naturais e com substâncias químicas e ao risco de exposição humana a fatores ambientais desfavoráveis. A Vigilância de Desastres desenvolverá ações dirigidas à redução do risco, ao gerenciamento de desastres e à recuperação dos efeitos à saúde humana. Com uma videoconferência de capacitação no dia 13 de julho, o Comitê Estadual de Desastres deu início à elaboração do Plano de Contingência para Desastres.

Desastre é uma interrupção grave do funcionamento normal de uma comunidade ou sistema cujos efeitos nas pessoas, assim como as perdas e danos materiais ou ambientais, superam a capacidade de resposta e recuperação dessa comunidade. No Brasil, os principais problemas são acarretados por eventos como secas, enchentes e inundações, incêndios florestais, deslizamentos e vendavais. Um desastre ocorre quando existem condições de risco, que é determinado pela relação entre a ameaça ou perigo, de origem natural ou antrópica, e uma população vulnerável.

Consequências dos desastres sobre a saúde pública:
 
– número inesperado de mortes, ferimentos ou enfermidades e congestionam os serviços locais de saúde;
– danos à infra-estrutura local de saúde e alteração da prestação de serviços de rotina e ações preventivas, com graves conseqüências a curto, médio e longo prazo, em termos de morbi-mortalidade;
– comprometimento do comportamento psicológico e social das comunidades;
– causa de escassez de alimentos com graves conseqüências nutricionais;
– deslocamentos espontâneos da população, acarretando risco epidemiológico;
– aumento da exposição climática da população desabrigada;
– destruição ou interrupção dos sistemas de produção e distribuição de água, dos serviços de limpeza urbana e esgotamento sanitário, o que favorece a proliferação de vetores;
– aumento do risco de enfermidades transmissíveis.

Experiência internacional

Além de participar das ações para atenuar os efeitos das secas e enchentes que periodicamente castigam o Ceará, a Sesa já tem experiência internacional em situações de emergência. No início deste ano criou o Comitê Cearense de Solidariedade ao Povo do Haiti, vítima do terremoto do dia 12 de janeiro. Através do Comitê, arrecadou e enviou ao Haiti 15 toneladas de medicamentos, levados pelo navio Garcia D`Avila da Marinha do Brasil. E mais: o médico cearense Frederico Arnaud integrou uma equipe brasileira, formada por 13 médicos voluntários de várias partes do Brasil. Atendeu a população em hospital flutuante, no navio italiano Conde de Cavour.