Sesa quer ampliar programa que atende 293 pacientes em casa

24 de junho de 2010 - 19:22

Pacientes com doenças crônicas em situação estável, em muitos casos, podem ser assistidos em casa, recebendo a visita dos profissionais dos hospitais, medicamentos e apoio de aparelhos. É o que já acontece com 293 pacientes de seis hospitais que integram a rede estadual, através do Programa de Atendimento Domiciliar. São pacientes que tiveram alta hospitalar e nas próprias residências recebem a visita de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas. A Secretaria da Saúde do Estado quer ampliar o número de pacientes do PAD. O Secretário Arruda Bastos, que esteve em Brasília na última terça-feira, 23, solicitou apoio ao Ministério da Saúde. “A internação domiciliar só traz benefícios. Mantém toda a assistência ao paciente em casa, próximo dos familiares e reduzindo riscos de infecção, e ainda otimizamos os leitos nos hospitais para atender a crescente procura”, afirma Arruda Bastos. 

O PAD funciona no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes – o primeiro a implantar em 1996, no Hospital Geral de Fortaleza, no Hospital Infantil Albert Sabin, no Hospital Geral César Cals e no Hospital Waldemar Alcântara. Além do mais antigo entre os hospitais da rede estadual, o PAD do Hospital de Messejana é o que atende o maior número de pacientes. São 130 pacientes com doenças crônicas cardiovasculares e pneumológicas. Muitos deles precisam de ajuda de equipamentos para permanecer respirando, a exemplo dos concentradores de oxigênio. No HGF, a maioria dos 36 atendidos em casa são pacientes que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ficaram com sequelas, com câncer e também com complicações  causadas pela diabete. Durante o acompanhamento domiciliar, são usados tensiômetro, estetoscópio, glicosímetro, nebulizador e aspirador de secreção, sonda de aspiração traqueal, material para cateterismo vesical.

No Hospital Infantil Albert Sabin, desde 2000, quando foi implantado o Programa de Assistência Domiciliar, as crianças, após a estabilidade do quadro clínico e com problemas crônicos, passaram a ter a continuidade do tratamento em casa. As principais doenças tratadas em domicílio são as cardipatidas, pneumopatis e neuropatias. Aliado a esse serviço, o Albert Sabin tem ainda o Programa de Assistência Ventilatória Domiciliar, que assiste crianças com doenças neurológicas.  Como essas crianças necessitam de respirador para viver, o Hospital Albert Sabin leva até a casa delas, além do cirurgião pediátrico, fisioterapeuta, assistente social e nutricionista, os aparelhos oxímetro e aspirador. Fraldas e leite são oferecidos pela Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal, parceira do hospital no funcionamento do programa.