Economia com a compra de medicamentos chega a R$ 180 milhões

29 de setembro de 2009 - 14:10

 
No ano em que o Ceará promove o III Congresso Brasileiro de Uso Racional de Medicamentos, de 26 a 30 de outubro, a Secretaria da Saúde do Estado registra economia acumulada de 180 milhões de reais na aquisição de medicamentos, gases hospitalares e material médico-hospitalar, de 2007 a maio deste ano, em comparação com as aquisições realizadas entre 2004 e 2006. Nos dois períodos analisados, as compras foram realizadas pelo Sistema de Registro de Preços do Governo do Estado, que atribui à Secretaria da Saúde a responsabilidade pela gestão da categoria de Medicamentos e Gases Medicinais e Material Médico-hospitalar. A atual gestão realizou economia de 379,39% a mais que a anterior, que registrou economia de 37,5 milhões de reais pelo Sistema de Registro de Preços.

A promoção do uso racional de medicamentos faz parte das estratégias da Organização Mundial de Saúde (OMS). Conforme a OMS, “há uso racional quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”.

O Programa de Inovação de Suprimentos (PIS), criado em 2003, do Governo do Estado, implantou o novo modelo de compras na administração pública estadual. O Sistema de Registro de Preços é “o conjunto de procedimentos para seleção da proposta mais vantajosa, visando o registro formal de preços para futuras e eventuais contratações de bens, produtos e serviços”, conforme definição do artigo 11 do Decreto Estadual nº 28.086, de 10 de janeiro de 2006.

O Decreto prevê a adoção do Sistema de Registro de Preços para as aquisições de bens, de produtos e de serviços que, pelas suas características, ensejem necessidades de contratações freqüentes; quando for mais conveniente a aquisição de bens ou de produtos com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições; quando for mais conveniente a aquisição de bens ou de produtos ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a Programa de Governo; quando pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela administração.

TAMANHO DA ECONOMIA COM REGISTRO DE PREÇOS

ITEM CATEGORIA DE GASTOS ECONOMIA (EM R$ 1.000,00) TOTAL 2004-2006 R$ TOTAL 2007 MAIO/2009 R$ TOTAL ACUMULADO R$
2004 2005 2006 2007 2008 2009
1 COMBUSTÍVEL 963,60 1.528,71 1.879,38 903,38 1.021,94 292,01 4.371,69 2.217,33 6.589,02
2 MEDICAMENTOS   8.726,72 28.822,73 97.631,23 70.321,28 5.144,08 37.549,45 173.096,59 210.646,04
3 REGISTRO DE PREÇOS DE TEC. DA INFORMAÇÃO     5.834,40   5.248,98 13.156,60 5.834,40 18.405,58 24.239,98
4 REGISTRO DE PREÇOS DE GASES MEDICINAIS       808,44 1.702,27 0,00 2.510,71 2.510,71
5 RP DE MATERIAL MÉDICO HOSPITALAR       787,52 1.499,98 2.116,40 0,00 4.403,90 4.403,90
6 REGISTRO DE PREÇOS DE MAT. DE CONSUMO     144,42 5.312,05 7.099,35 3.190,33 144,42 15.601,73 15.746,15
7 VIGILÂNCIA INTEGRADA     187,65 471,70     187,65 471,70 659,35

TOTAL R$ 963,60 10.255,43 36.868,58 105.914,32 86.893,80 23.899,42 48.087,61 216.707,54 264.795,15

 

% DA ECONOMIA
TOTAL 2004 – 2006 (36 MESES) R$ TOTAL 2007 – MAIO/2009 (29 MESES) R$
350,65