Especialista profere palestra sobre influenza A na Sesa
1 de junho de 2009 - 12:52
O professor de Virologia e pesquisador da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto Eurico de Arruda Neto profere palestra sobre a Influenza A, nesta terça-feira, 2 de junho, para técnicos da Secretaria da Saúde do Estado e integrantes do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A. A palestra acontecerá às 9 horas, no Auditório Waldir Arcoverde, da Sesa, na Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema.
A Influenza A é uma doença respiratória causada pelo vírus A, transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse, espirro ou de secreções respiratórias de pessoas infectadas. O reaparecimento da doença foi descoberta na última semana de abril de 2009, quando foi identificado no México um surto de casos de Influenza A, popularmente chamada de gripe suína. O vírus causador da doença, o H1N1, é uma variante nascida em porcos a partir dos vírus causadores da gripe humana e aviária. O vírus atinge os porcos, mas não é transmitido, segundo os médicos, para humanos que comem a carne do animal, e sim por via aérea.
O número de mortes provocadas pelo vírus da Influenza A confirmadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) aumentou para 99, segundo o mais recente boletim da entidade, divulgado na madrugada desta sexta-feira. A OMS confirmou mais de 2.000 novos casos da doença conhecida de gripe suína, elevando o total de 13.398 para 15.510. O número de países afetados passou de 48 para 53, prossegue o boletim publicado na página da agência de saúde da ONU na internet. Das 99 mortes confirmadas pela OMS, 85 ocorreram no México, 11 nos Estados Unidos, duas no Canadá e uma na Costa Rica. O número de casos da doença no Brasil confirmados pela entidade passou de nove para dez nos últimos dois dias, mas sem nenhuma morte. No entanto, levando-se em conta os dados divulgados pelos governos dos países, mas ainda não computados pela OMS, a cifra de mortos pela doença em todo o mundo já passa de cem. Autoridades norte-americanas confirmam 14 mortes pela doença nos EUA.
No Brasil, o Ministério da Saúde divulgou ontem boletim segundo o qual o número de casos confirmados de portadores do vírus Influenza A permanece igual ao da véspera, com 20 pessoas infectadas, e caiu de 19 para 17 o número de casos suspeitos, embora haja monitoramento de 22 pessoas que tiveram contato com portadores da doença. Os números referem-se a informações repassadas pelas secretarias estaduais de Saúde na manhã deste domingo. O boletim do Ministério da Saúde acrescenta que o quadro nacional é estável e que qualquer possível nova notificação só será contabilizada na segunda-feira.
Os 20 casos confirmados foram em São Paulo (oito), Rio de Janeiro (cinco), Santa Catarina (quatro), Minas Gerias, Rio Grande do Sul e Tocantins com um caso, cada. Os 17 casos suspeitos são do Rio de Janeiro (cinco), São Paulo (três), Rio Grande do Norte (três), Distrito Federal (dois), Bahia, Rondônia e Alagoas com um caso cada. Até o momento, são seis os casos detectados de transmissão autóctone (dentro do território nacional), todos de pessoas que mantiveram vínculos epidemiológicos com pacientes procedentes do exterior. “Desse modo, a transmissão no Brasil é limitada e não há evidência de sustentabilidade da transmissão do vírus entre pessoas”, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde.
No Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado estruturou o Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Gripe para integrar ações de controle e prevenção ao vírus H1N1, com a participação de órgãos e instituições estaduais, municipais e federais. Além das secretarias da Saúde do Estado e da Saúde do município de Fortaleza, formam o Comitê: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Infraero, Cia Docas, Ceará Portos, Hospital Universitário Walter Cantídio, Defesa Civil do Estado, Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Estado, Associação dos Hospitais do Estado do Ceará.