Arquitetura contribui para evitar e reduzir infecção hospitalar

10 de março de 2009 - 12:06

O que o projeto arquitetônico de um hospital ou qualquer unidade de saúde tem a ver com os níveis de infecção hospitalar? A relação entre arquitetura e infecção hospitalar é o tema da mesa redonda que a Secretaria da Saúde do Estado e a Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH) realizam sexta-feira, 13 de março, no Auditório Waldir Arcoverde, da Sesa, na Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, a partir das 8h30min. Conduzirão a mesa redonda a arquiteta especialista em arquitetura e saúde, Márcia Gonçalves, a enfermeira Renata Pinheiro Moreira e a médica infectologista Olga Vale.

A mesa redonda é o começo de uma série de eventos para difundir a observância da Resolução RDC 50, do Ministério da Saúde, que estabelece critérios específicos para os projetos arquitetônicos de hospitais e unidades de saúde. Em abril será realizada pela Sesa e ABDEH uma visita ao Hospital Sarah Kubitschek, que apresenta ótima solução arquitetônica, segundo a arquiteta Aída Montenegro, do Núcleo de Obras e Manutenção (Nuoman), da Secretaria da Saúde do Estado, e diretora regional da ABDEH. Para o segundo semestre de 2009 está agendado um treinamento de três dias sobre a RDC 50, por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Sesa pretende formalizar convênio com a Prefeitura de Fortaleza para fazer a avaliação dos projetos arquitetônicos de unidades de saúde, de acordo com a RDC 50.

Para Aída Montenegro, o projeto arquitetônico deve criar espaços adequados para as múltiplas atividades de um hospital, como hotelaria, indústria de alimentos, escola e farmácia, por exemplo. Segundo ela, os principais problemas verificados nos projetos e que afetam os níveis de infecção hospitalar estão relacionados à falta de estudo de fluxos de circulação, iluminação e ventilação natural, climatização artificial, barreiras necessárias aos ambientes críticos e até a localização do hospital na cidade. Ela diz que o hospital contamina a cidade e a cidade contamina o hospital. Assim, até a indicação de uma torneira ou dos trincos das portas no projeto arquitetônico tem consequências nos níveis de infecção hospitalar.