Curso orienta implantação do Sismama no Ceará

21 de novembro de 2008 - 18:43

A Secretaria da Saúde do Estado realiza nos dias 24 e 25, segunda e terça-feira, o Curso de Implantação do Sistema de Informações sobre Câncer de Mama (Sismama), programa encabeçado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para melhorar as condições de detecção e tratamento do câncer de mama no Brasil. Serão treinados 80 profissionais de todas as regionais de saúde. Eles formarão equipes para orientar a implantação do Sismama nos municípios cearenses. O programa já deverá entrar em operação no Estado a partir de 2009. O curso será ministrado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e será ministrado por técnicos do INCA e pelo coordenador do Comitê Estadual de Controle do Câncer, Luiz Porto.

Com Sismama, a cadeia do câncer de mama – consultas, exames e procedimentos diversos – passa contar com uma integração informatizada, através da qual todas as fases do atendimento às pacientes serão acompanhadas e registradas em fichas individuais, baseadas no formulário das Unidades Básicas de Saúde. Ali estarão registrados o diagnóstico clínico, exames de mamografias nos serviços de radiologia credenciados, a eventual confirmação do tumor através da biópsia, além de tratamentos cirúrgicos, quimioterapia e radioterapia.

Com todas as documentações padronizadas, incluindo laudos, o Sismama vai racionalizar sistema e será um importante instrumento de controle epidemiológico e individual da doença. O programa estabelece um sistema de padrão único para os registros das pacientes com diagnósticos ou suspeitas de câncer de mama. No Brasil, o câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos. No Ceará acontece o mesmo e, nos anos de 2006 e 2007, a taxa de mortalidade pela doença foi de 9,5 e 9,2 por 100 mil habitantes, respectivamente. A incidência é de 50 casos por 100 mil habitantes.

Um dos fatores que dificultam o tratamento é o estágio avançado em que a doença é descoberta. A maioria dos casos de câncer de mama, no Brasil, é diagnosticada em estágios avançados, diminuindo as chances de sobrevida das pacientes e comprometendo os resultados do tratamento. Com o Sismama, o diagnóstico será agilizado e os tratamentos serão monitorados para aumentar as chances de cura e espectativa de vida das mulheres diagnosticadas com doença.