Bancos de leite humano convidam mães para doação

18 de maio de 2018 - 07:54 # # #

Assessoria de Comunicação do HGCC - Wescley Jorge / (85) 3101.5323 Assessoria de Comunicação do HGF - Débora Morais / (85) 3101.7086

No segundo domingo de maio, as mães ganham ainda mais destaque, mas além desse dia específico, mulheres sentem constantemente o fortalecimento da sensação da maternidade. Quando essas mulheres precisam que seus filhos fiquem em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), o apoio e a solidariedade de outras mães tornam-se fundamentais.As doadoras de leite materno também dedicam seu tempo para coletar parte do que produzem para dividir com os filhos de outras mães.

Por isso, tão importante quanto amamentar, é doar leite para quem precisa. É se fazer útil num momento delicado para tantos bebês que precisam de alimentação exclusiva de leite humano. E é isso que acontece em maternidades como as do Hospital Geral Dr. César Cals e do Hospital Geral de Fortaleza, ambos da rede pública do Governo do Ceará, em que diariamente vidas são salvas com a ajuda de mães anônimas que contribuem para mudar a história de muitas famílias, salvando vidas, com as doações.

“As doações e a disponibilidade das mães são valiosas para nos ajudar com o leite materno encaminhado diariamente para os bebês da UTI”, diz Gilvânia Cabral, que é enfermeira do banco de leite do HGCC. Para ela, a disponibilidade de doar é o diferencial para muitas crianças que são favorecidas ao se recuperarem mais rapidamente por causa do leite humano, que contribui para a redução do tempo de internação. O banco de leite do HGCC é referência estadual e funciona 24 horas.

Adriana Helaine da Silva, da cidade de Aquiraz, deu à luz ao seu terceiro filho na maternidade do HGCC, o primeiro prematuro, que nasceu no dia seis de abril, com 28 semanas de gestação, após perda de líquido.  Ela lembra que, logo no início, pela situação da prematuridade o corpo dela ainda não estava totalmente preparado para amamentar Melissa Vitória. Adriana não tinha leite e precisou das doações. “É onde entra o ato de amor, que as pessoas precisam ter consciência disso. As pessoas precisam saber que leite materno é amor, que as doações têm que existir, porque eu senti na pele isso, de não ter leite para dar a minha filha, e eu fiquei muito feliz quando tinha o leite que as mães vinham doar”, lembra.

Acompanhamento materno

Além disso, a participação das mães nos cuidados dos filhos tem importância fundamental na recuperação. “Eu me sinto essencial para a recuperação dela. Se eu não estivesse tão perto, ela não estava se recuperando tão rápido”, avalia Adriana. Quem reforça esse pensamento é a técnica em enfermagem Elizabeth Pimentel. “Adriana participou de todas as etapas, desde o momento do colostro até a filha mamar no peito”, pontua. Atualmente, ela já pode ordenhar o leite junto à filha, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Essas histórias se repetem também em outras maternidades. Todos os dias mães têm depoimentos que confirmam o quanto o leite materno é essencial. “Eu nunca imaginei que a minha filha ia precisar do leite de outras mães para sobreviver”. Essa foi a realidade encontrada por Jamaica Guaresti Bezerra, 29, mãe da pequena Maria Ísis Bezerra, de apenas 28 dias, que nasceu prematura de 24 semanas. Histórias como essa são realidades para dezenas de mães que têm seus filhos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Todas elas dependem da doação de leite humano para alimentar os bebês.

As doações, no entanto, se mostram necessárias e urgentes. Atualmente, o Banco de Leite do HGF conta com 72 doadoras, mas dispõe de menos de dois litros no estoque, sendo necessário pouco mais de 2,5 litros por dia. Ho HGCC, a necessidade é de três a cinco litros de leite diariamente. No momento, o hospital conta com 57 mães doadoras.

A nutricionista Angélica Bessa, do Banco de Leite do HGF, lembra que é comum as doações diminuírem nos períodos de chuva, e reforça o pedido para que as mães que estão amamentando façam um esforço para doar leite. Dessa forma, elas ajudam a salvar as vidas dos bebês que estão hospitalizados e dependem exclusivamente desse alimento para uma recuperação mais rápida.

“As doações sempre têm baixas nos períodos chuvosos e também de recesso, pois a captação de leite materno depende de doações das mães. Então, a mamãe que tiver leite excedente e quiser doar, pode vir até o HGF ou ligar para a gente que nós damos todas as orientações. A doação de leite é fundamental para a sobrevivência dos nossos pequenos pacientes”, ressalta a nutricionista.

Adriana Helaine, mãe de Melissa Vitória, ressalta a importância da doação de leite e faz um apelo às mães para que entrem em contato com o banco de leite do HGCC ou qualquer outro banco de leite do Ceará. Jamaica, mãe da pequena Maria Ísis, agradece às mães que doam leite materno e pede para que essa corrente aumente. “Doar leite humano é um ato de amor e eu fico muito feliz em saber que outras mães estão ajudando a minha filha e os outros bebês. Peço que essa atitude de doar se espalhe entre as mães e cresça cada vez mais”, enfatiza Jamaica.


Ligue para o HGF ou para o HGCC

As mães que nunca doaram e também as que já fazem a doação podem ligar para o número (85) 3101.3335, tirar todas as dúvidas e ajudar os pequenos pacientes. Por telefone ou pessoalmente, o banco de leite do HGF tem equipe especializada para transmitir todas as orientações e informações sobre doação, aleitamento materno, cuidados com a mama e com o bebê. O hospital conta com um veículo que recolhe o leite todos os dias da semana, em dois turnos. As equipes levam às mães um kit doação para realizar a ordenha de forma correta.

O atendimento no banco de leite do HGCC funciona 24 horas, tanto por telefone, por meio do número gratuito 0800 286 5678, como pessoalmente, na Avenida Imperador, 545, Centro. O HGCC também possui um veículo para buscar o leite na casa da doadora. O atendimento é relacionado a problemas no aleitamento, dúvidas sobre doação de leite, orientações sobre como guardar o leite ordenhado, entre outras necessidades específicas de cada mãe, doadora ou não.